domingo, julho 13, 2014

Novo presidente do Santa Cruz abre o jogo ao PELEIA FC e fala sobre seu clube do coração !


          Hoje o nosso BATE BOLA ESPECIAL é com novo presidente do Santa Cruz, Tiago Rech, que assumiu o cargo recentemente. Ele ficou conhecido como o "torcedor solitário" no estádio Olímpico, em 2012, pelo Campeonato Gaúcho, quando o Galo enfrentou o Grêmio e ele era o único torcedor do time na vasta arquibancada para a torcida visitante na casa gremista. Confira a ENTREVISTA EXCLUSIVA realizada pelo site PELEIA FC:

>>> Você planejava assumir a presidência do clube ou foi uma oportunidade que apareceu ? 
Tiago Rech: Sempre foi um sonho assumir a presidência do Santa Cruz. Não esperava que ocorresse tão cedo, mas percebi que esse era o momento certo para uma renovação no quadro de dirigentes do clube. Em janeiro deste ano assumi a assessoria de comunicação do Galo. Foram cinco meses vivendo o dia a dia, viajei com a delegação em todos os jogos, acompanhei o trabalho no vestiário. Posso dizer que aprendi muito. Infelizmente, foi um primeiro semestre péssimo em termos de futebol e também financeiramente. Topei o desafio pois acredito que tenho capacidade, vontade, tempo e ambição para trazer um novo ânimo e fôlego para o Santa Cruz.

>>> Você terá o suporte de outros dirigentes, com mais experiência na direção ?
Tiago Rech: Montei uma direção que mescla a juventude com a experiência, em praticamente todas as diretorias. Conto também com o suporte e o apoio de figuras tradicionais do clube, como os ex-presidentes Darci Fischborn (atual vice-presidente), Irineu Roesch (dir. de futebol) e Paulo Roberto Jucá (dir. de marketing). 

>>> O Santa Cruz disputará o Regional e a Copa RS. Como foi a montagem do elenco ? contará com jogadores experientes ou jovens ?
Tiago Rech: Depois de 21 anos, o Santa Cruz volta a disputar competições profissionais no segundo semestre. Um dos motivos que nos levou a tomar essa decisão tem a influência do assunto da questão anterior: para sanar as dívidas, precisamos manter o clube em atividade, colocar em prática planos de sócios e prospecção de patrocinadores e recursos. E só vamos conseguir apoio com futebol em campo. Vamos montar uma equipe com cerca de 16 atletas profissionais, a maioria deles jovens talentos, mas também incluindo experientes atletas que hoje residem na cidade, como os zagueiros Caio e Valença, o volante Carlos Eduardo, o lateral-esquerdo Ivan. O resto do grupo será preenchido com a gurizada da região, que terá sua chance de atuar em um clube profissional.

>>> Neste segundo semestre o treinador será o Sananduva, ex-jogador. Como está sendo contar com este profissional ?
Tiago Rech: Desde o primeiro encontro, o Sananduva se mostrou um profissional ético, líder, corajoso, responsável e com muita vontade de abraçar esta oportunidade. Conversamos muito e ele logo entendeu que trabalharia com um presidente jovem, com ambição, mas sem muita experiência. E num clube com sérias restrições orçamentárias. Então, tem me ajudado muito, nosso diálogo é franco e aberto. Até agora, o trabalho dele é excelente. Nosso objetivo na Copinha é montar uma base para a Divisão de Acesso de 2015, é testar, é errar, tentar de novo, mudar, errar, acertar. Então, não cobraremos muito, no início, a questão do resultado. 

>>> Como você analisa o grupo da equipe neste regional ? São muitas viagens longas ?
Tiago Rech: Para nós, Lajeadense e Guarani-VA, seria muito mais vantajoso jogar no grupo Metropolitano, com viagens curtas e sem despesas de hospedagem. Mas essa é a tabela e vamos trabalhar para oferecer aos atletas a opção de viajar um dia antes nas partidas em Rio Grande, Pelotas e Bagé. Mas tudo vai depender da entrada de recursos no decorrer da competição. 

>>> A campanha na Divisão de Acesso ficou abaixo do esperado pelo torcedor. O que não deu certo na sua opinião ? 
Tiago Rech: Nosso primeiro semestre foi catastrófico. Ficar 11 jogos sem vencer é um desastre. Gastamos uma tonelada de dinheiro, não construímos nada. Ocorreram alguns problemas sérios nos bastidores, poucos atletas mostraram comprometimento em campo (mesmo com premiações em valores altos), empatamos e perdemos partidas em detalhes constrangedores (imagina errar 2 pênaltis em um jogo na própria casa!). E ainda teve o episódio do Tonho Gil (que subiu o nosso maior rival). Não digo que foram seis meses para esquecer, até porque esses erros serviram de aprendizado. Ainda bem que alguns jogadores e o técnico Lúvio Trevisan assumiram a bronca na última partida e nos livraram da queda para a terceira divisão.

>>> Em 2012 você ficou conhecido como o "Torcedor Solitário, no Olímpico" em jogo do Gauchão. Da para perceber que você é um apaixonado pelo Santa Cruz, não é ?
Tiago Rech: Sou um apaixonado pelo Santa Cruz e pelo futebol do nosso interior gaúcho. Considero o Gauchão um baita campeonato, muito mais emocionante, muito mais verdadeiro do que os outros. É uma alegria imensa ver quando clubes pequenos enfrentam os grandes com a mesma força, mesma garra. Ninguém enriquece nos nossos pequenos clubes. Quem trabalha neles o faz por tesão mesmo. E os torcedores deles, então, esses sim merecem o meu respeito. Meu objetivo é manter viva essa chama do futebol no interior.

               Confira ainda nesta semana, a segunda parte da entrevista com o presidente do Santa Cruz ! Ele vai tratar sobre seus projetos para o clube e também a situação financeira do galo.

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