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domingo, novembro 18, 2012

EXCLUSIVO - Presidente do Gaúcho conta os bastidores do clube no Acesso


         A vida dos clubes do Interior está cada vez mais difícil. Tirando os 14 times da Série A do Gauchão, que vivem com a verba do Gauchão, os da Segundona e da Terceirona lutam com grandes dificuldades financeiras.
        No primeiro contato com o presidente do Gaúcho, o repórter perguntou: "Alô, presidente Gilmar Rosso ?" Sem saber quem estava do outro lado da linha, Rosso respondeu: "Depende, se for oficial de justiça, não."  Após o repórter se identificar o presidente do Gaúcho de Passo Fundo falou sobre a grande companha de clube e o Acesso para a Divisão Intermediária do 2013. Confira com EXCLUSIVIDADE a entrevista concedida ao repórter Tiago Nunes, da Rádio Imembui e do Site PELEIA FC relatando detalhes da vida do Gaúcho:

Centenário em 2018
    - Quando a gente começou, projetamos o Gaúcho para o ano de 2018, o ano Centenário. Vamos ver se a gente consegue se manter na Divisão de Acesso.

Fecha ou Joga 
    - É assim Tiago, quando a gente ia iniciar o campeonato, dia 5 de agosto, contra o Nova Prata, na sexta-feira anterior eu não tinha jogadores inscritos porque não sabia se íamos fechar o Gaúcho ou jogar a segundona. Daí nós tivemos uma reunião com poder judiciário, pois não tem como fazer futebol sem resolver a parte administrativa.  

Salário Base 820 reais
   - Desde que eu comecei sempre falei a verdade, nunca escondi nada. Você quer jogar no Gaúcho ? É assim que funciona (...) tem isso, isso e isso (...) tem muitas coisas contras e algumas boas. Você vai receber o seu salário, que é 820 o base, mas se você jogar todas as partidas vai ter um acréscimo de 50% na folha de pagamento. Isso a gente cumpre faz 3 anos. 

Elenco
  - Para você ter uma ideia, o nosso arqui-rival, Passo Fundo, subiu com 6 jogadores nossos e  com o treinador Ricardo Atollini, que estava conosco há 2 anos. 
    Desafio um clube que tenha colocado tantos jogadores da base no profissional como nós fizemos. Nesse jogo decisivo com o Garibaldi, nós tínhamos 4 jogadores na base com 17 anos em campo. Mesclamos jovens da base e alguns experientes como o goleiro Souza, que subiu com Passo Fundo.

Troca de técnico após a classificação
     - Contra o Garibaldi mesmo há 45 dias atrás, nós tínhamos 1 ponto e como eu não sou um analfabeto completo em futebol, porque essa coisa de presidente só pagar conta não existe. Quando a gente viu que o barco estava afundando, chamei o treinador e disse que os jogadores não tinham o perfil do esquema adotado e eles estavam mal posicionados. Tinha que ser duas linhas de 4 básica, porque se não vamos tomar um sacode de todo mundo. Daí ele mudou, começamos a ganhar, mas chegou o jogo contra o Nova Prata, que a gente garantiu a classificação, ele me disse que estava indo para o Garibaldi.  Muito bem, está aqui o seu salário, Tchau, muito obrigado e o Gaúcho segue a vida dele. Tratamos gente como gente, mas essa coisa de ser profissional só quando interessa (...) e a instituição ? o clube ?

Novo Estádio
    - O estádio Wolmar Salton não nos pertencia mais, foi arrematado em um leilão. Como não podíamos vender o estádio, a gente tentou 4 acordos e no último com a presença do Juiz decidimos fazer um acordo, vendemos o patrimônio, pagamos as contas e o que sobrar é do Gaúcho. Tudo via judicial, porque eu não quero ver dinheiro e proposta na minha mão. 
     Nesse intervalo de tempo foram feitas duas propostas e escolhida a melhor. Resumo da opera foi vendido patrimônio e a partir de agora vamos começar a quitar as dividas. O que restar vamos construir um novo estádio, em um terreno que já recebemos em concessão da prefeitura. 

Dívida de 6 milhões
    - O Gaúcho quando eu assumi tinha uma divida de 6 milhões de reais, a maioria das ações julgadas a revelia (...) 99% a revelia, ninguém foi lá defender o Gaúcho. Mas o pessoal foi compreensível, fizemos um grande acordo e graças a Deus acho que vai ter fim isso aí e vamos começar uma vida nova com o Novo Estádio.

Gaúcho Jamais morrerá
   - Muito Obrigado pelo espaço Tiago e eu sempre encerrei as minhas entrevistas assim, "O Gaúcho Jamais Morre e Jamais Morrerá"

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