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sábado, fevereiro 08, 2014

Show de horrores: Sem policiamento, RIONAL começa e termina em confusão e nada de gols

Foto: Gabriel Haesbaert / Portal Extra
        O RIONAL 260, que era para ser da PAZ, foi manchado por inúmeras confusões antes, durante e depois na tarde de sábado, no estádio dos Eucaliptos, em Santa Maria. O futebol ficou em segundo plano, pois a partida quase não ocorreu. Os jogadores e a comissão técnica do Inter-SM não queriam ingressar no estádio após o ônibus da equipe ser apedrejado. Dois membros da comissão técnica ficaram feridos devido aos estilhaços. Tudo começou com um confronto entre duas torcidas organizadas, que se atiravam foguetes na entrada do estádio. A brigada militar deveria ter feito a segurança externa do clássico, porém, segundo testemunhas, no momento da confusão não havia policiais no local. A brigada não realizou o policiamento interno, pois como o alvará de funcionamento dos Eucaliptos está vencido e assim como no Presidente Vargas, a direção esmeraldina teve que contratar segurança privada.

Foto: Gabriel Haesbaert / Portal Extra
ÔNIBUS APEDREJADO E FERIDOS
       No lado de fora do estádio a delegação do Inter se recusava a ingressar no campo. Em entrevista a rádio Imembuí, o treinador Badico relatava que não havia condições de ter o clássico e se emocionou, como pai, ao lembrar da recente tragédia que a cidade passou e vitimou 242 pessoas.
        O presidente do Inter-SM, Heriberto Marqueto, que não estava no ônibus no momento da confusão, chegou depois e disse que "não seria meia duzia de caras que iam estragar o clássico". Enquanto o treinador era contra a realização da partida, devido a segurança, o presidente confirmava a realização do clássico.
       A partida estava marcada para as 18 horas, mas começou 18h45min devido a indefinição da realização do jogo. O clima tenso era visível nos jogadores do alvirrubro. O técnico do Riograndense e os atletas do periquito também lamentaram o fato ocorrido com os colegas de profissão no lado de fora do estádio.

CLIMA TENSO
       Com a bola rolando, o clima tenso tomou conta do gramado e das arquibancadas. A partida "amistosa" foi de forte marcação, mais parecia final de campeonato. Divididas fortes e muita dificuldade para fazer o jogo fluir. Nas arquibancadas, torcedores de uma torcida organizada do Inter quase entraram novamente em confronto com torcedores do Riograndense, mas foram contidos por seguranças e dirigentes.

Ramiro e Badico fizeram as pazes após o jogo. Foto: Gabriel Haesbaert
FALTA DE ORGANIZAÇÃO
       A falta de comunicação também tomou conta da beira do gramado. A questão de colocar em campo duas equipes, uma em cada tempo e o número de substituições acabou gerando um grande bate-boca ao longo da partida entre o técnico Badico e o Gerente de Futebol do Riograndense, Ramiro Guimarães. Por volta dos 40 minutos, do segundo tempo, os dois profissionais voltaram a discutir depois de um jogador do Inter ser expulso pelo árbitro. A substituição do jogador gerou o conflito verbal, que teve invasão de campo  e o jogo paralisado por mais de 5 minutos. No final da partida, os dois acabaram se entendendo e tudo ficou no passado.

ROJÃO NO GRAMADO
     Outro fato triste foi um rojão arremessado por torcedores do Inter-SM para dentro do gramado durante a partida. O artefato caiu próximo ao goleiro do Periquito, que desabou no gramado. O lance foi muito parecido com o fato ocorrido na partida entre Juventude e Grêmio pelo campeonato Gaúcho, no Alfredo Jaconi. Lembrando, que no primeiro clássico, terça-feira, um torcedor do Riograndense também jogou um jogão no gramado do Presidente Vargas, mas não atingiu ninguém. Na semana passada, em entrevista a Rádio Imembuí, o diretor jurídico do Riograndense, Ricardo Siqueira revelou ser contrário a realização do clássico sem policiamento interno da brigada militar.

FUTEBOL ?
     No placar final, o clássico Terminou ZERO A ZERO. Apesar de tudo, ambas as equipes tiveram chances de abrir o placar, mas o futebol ficou em segundo plano. Tirando algumas divididas fortes e troca de empurrões, os jogadores souberam se portar até o apito do árbitro. Ao final do jogo todos se cumprimentaram. Marco Antônio do Inter-SM quase marcou em uma jogada individual e um chute forte, na primeira etapa. Ainda no primeiro tempo, Dinei – estreante – também quase balançou a rede para o periquito. Já no segundo tempo, com todo time diferente, o Riograndense criou mais chances de gol. Fabiano Veiga pelo menos três oportunidade de marcar. O alvirrubro teve pelo menos duas chances claras de gol, em uma delas Josiel quase marcou.

LIÇÃO
      Um RIONAL manchado pela selvageria de alguns "torcedores" de ambos os lados. E a lição que ficou foi: clássico sem policiamento é um jogo de alto risco e para não ser repetido.

ESCALAÇÕES
Riograndense:
Primeiro Tempo: Júlio César; Taffarel, Valença, Fábio Souza  e Willian Mendonça; Geison, André Tereza, Cléberson e Moisés Baiano; Tiago Duarte e Dinei; 
Segundo tempo: Samuel (Romário); Darlem, David,  Alan, Ito (Gabriel Dorneles); Gudi, Charles, Gabriel, Ivan Lima;  Fabiano Veiga e Giovani. Tec. Luciano Correa
 Inter-SM: Yai (Goico); Pedro Júnior (Elias), Vagner Garibaldi, Aguinaldo e Diego Rocha (Cássio); Rafael Muçamba, Luis Felipe (Wellington), Alexandre Piccinini (Josias) e Roger Bastos; Marco Antônio (Vinícius) e Josiel (Luis Paulo). Tec. Badico

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