sábado, outubro 15, 2011

Santa Cruz do Sul discute a construção de uma Arena na Cidade


       Discutida há cerca de dois anos, a construção de um estádio municipal em Santa Cruz do Sul ainda é almejada por líderes políticos e do meio esportivo local. Apesar de contar com o apoio das direções dos dois clubes de futebol profissional da cidade, que enxergam na obra orçada em R$ 35 milhões a chance de um salto de qualidade no cenário gaúcho, a proposta ainda enfrenta resistências principalmente quanto ao mais provável local de instalação.
       Pelo projeto elaborado por um grupo de empresários de Porto Alegre, sob a tutela do deputado federal Sérgio Moraes (PTB), o complexo deve ser erguido no Parque de Eventos. Na opinião da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), porém, o ponto ideal seria o Parque da Oktoberfest, em  razão de sua localização central. A entidade participou do começo das negociações mas acabou se retirando quando ouviu, de parte da Prefeitura, que a opção defendida estava descartada.
       “Eles foram taxativos, disseram que ali havia o problema do barulho para a vizinhança, mas achamos que isso é um tiro no pé. Há vários exemplos de municípios gaúchos onde os estádios foram feitos em local afastado e o público dos jogos reduziu, piorando as contas dos clubes ao invés de melhorá-las”, relata o presidente da FGF, Francisco Novelletto Neto.

ENTENDA MELHOR O PROJETO
      Dentre os apontamentos, além da distância, estão a dificuldade de acesso e a ausência de asfaltamento na parte interna.
     Já Moraes entende que a estrutura da Oktober não é suficiente para abrigar a grandiosidade da obra e que, quando houver a arena, o Parque de Eventos vai poder ser utilizado para diversos fins, além dos eventos esportivos. “Eu ainda não desisti de levar a própria Oktoberfest lá para fora, porque o parque não suporta mais. Tem a questão do barulho, o estacionamento e várias outras. Quem acha longe é porque tem o costume de parar o carro sempre na porta de entrada”, rebateu.
     Embora o governo tenha pretensões de garantir a participação do município na Copa do Mundo de 2014, o consenso é de que não há condições de finalizar a obra em tempo. A expectativa é angariar recursos dos ministérios do Turismo e do Esporte, mas o processo só deve começar no ano que vem. “Já conversei com os ministros, mas por enquanto, está tudo parado. Estão apenas cobrindo despesas de emendas não pagas”, explica o deputado.
      O projeto prevê campo, pista olímpica, piscinas, arquibancadas e vestiários, mais um hotel e alojamento anexos. A capacidade inicial de público seria em torno de 4 mil pessoas, mas o plano é ampliar o espaço aos poucos. Já o hotel seria construído em parceria com a iniciativa privada, por meio de processo licitatório, e receberia os visitantes em ocasiões de eventos esportivos, além de ser aberto ao público em geral em outras situações.
Redação Gazeta do Sul

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