Foto Fábio Dutra |
Apenas no primeiro tempo, foram sete gols. Tudo se
iniciou logo nos primeiros minutos, quando o Rio Grande passou a pressionar,
conseguindo ainda maior domínio em seu campo de ataque. Mas valeu a máxima,
quem não faz leva. Foi então que, aos 13 min., Dangelo recebeu um presente de
Anderson Ijuí e mandou para o fundo da rede para abrir o placar. Com um gol de
vantagem, o São Paulo acabou se soltando e, aos 18 min., Juliano mandou na
trave um recado do que estava por vir. Um minuto depois, um lance que resultou
na falta dentro da área, Deivid foi para a cobrança e ampliou a vantagem, 2 a
0.
Tudo ia dando certo para os donos da casa, até que, em
destaque individual, Aguinaldo levou vantagem em algumas jogadas de
desarmamento e, de quebra, para confirmar que a noite também seria dele, subiu
de cabeça para marcar depois do lançamento de Diego Sapata. A partida seria
histórica, o que já dava para perceber nas investidas. Ambas as equipes
aproveitando os vacilos de zaga e os espaços deixados pelas marcações. Na marca
dos 19 min., uma bola cruzada era tudo que Sapata queria. Estava tudo igual no
Aldo Dapuzzo. A torcida do São Paulo em silêncio ouvia um coro que estava
cansada de escutar dentro de seu domínio. Foi então que mais uma vez Aguinaldo
não desperdiçou nova chance e virou o jogo. As emoções não pararam por aí, já
no final do primeiro tempo, Anderson Ijuí pegou o lançamento de Juliano e
arrematou, tudo igual de novo. Oportunismo e visão de jogo andaram juntos com
ele, o que facilitou seu segundo gol, aos 46 min., quando os zagueiros do vovô
cortaram errado.
Os cerca de 6 mil torcedores que compareceram ao clássico
de abertura ainda teriam pela frente 45 min. de pura emoção. Para quem pensava
que sete gols era o suficiente para uma rodada de abertura de temporada,
enganou-se. Aos 12 min, aquele considerado um dos gols mais bonitos do jogo. A
assinatura foi de Rafael Refatti, que recebeu pela esquerda e, de forma
precisa, eliminou qualquer possibilidade de defesa do goleiro Diego. A vitória
parcial ainda foi ameaçada por Miro que, na entrada da grande área, cabeceou
com força tirando o Willian da jogada.
As duas equipes ainda se jogaram para o ataque, o São
Paulo tentando ampliar e o Rio Grande tentando reeditar uma hegemonia que durou
mais de sete anos.
Contudo, não faltavam ingredientes para marcar um
clássico histórico: nove gols, casa cheia, estreia na Série A2 e a quebra de um
tabu. Este foi o Rio x Rita 250.
Série
A2 - 1ª Fase
São Paulo 5 x 4 Rio Grande
Gols - São Paulo: Dangelo (13 min. do primeiro tempo),
Deivid (19), Anderson Ijuí (45 e 46 min.), Rafael Gaúcho (12 min. do segundo
tempo); Rio Grande - Aguinaldo (26 e aos 38 min.), Sapata (29 min.), Miro (20
min.).
São Paulo: Willian; Mateus (Gian), Caçapa (Júnior Xavier)
e Marciel; Rafael Gaúcho, Bocha, Deivid, Dangelo e Juliano; Rafael Refatti e
Anderson Ijuí. Técnico: Rudi.
Rio Grande: Diego; Carlão, Miro, Aguinaldo e Max; Leo Paz
(Henri), Adebson, Rogerinho e Diego Sapata (Cássio); Tiagão (Linh) e Macaé.
Técnico: Toquinho.
Arbitragem: Paulo Gutierres, auxiliado por Vinícius Palau
e Rodrigo Macedo.
Jornal Agora
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