domingo, novembro 04, 2012

BATE BOLA com o novo Gerente de Futebol do União Frederiquense


          Depois de 14 anos e seis meses de carreira como atleta, Rafael Rodrigo da Rosa, 29 anos, saiu das quatro linhas e partiu para a parte de fora dos gramados. O ex-goleiro está iniciando um novo projeto, agora como gerente de futebol, e seu primeiro clube na nova função é o União Frederiquense, onde Rafael encerrou a carreira jogando a última Divisão de Acesso.
          Na entrevista abaixo, Rafael fala sobre o novo desafio, perspectivas e, claro, sobre o União Frederiquense de 2013.

Sai o atleta e entra o dirigente em um espaço de três meses. O que muda na vida de um profissional da bola nesta fase de transição? 
        O que mais muda é a busca pela especialização na área, baseado em estudos e formação acadêmica, algo que já estou iniciando. Também existe o desafio de separar a questão profissional e pessoal com profissionais da área, pois fiz muitos amigos e conhecidos no futebol. Aos poucos, porém, a gente vai se adaptando e as coisas vão acontecendo naturalmente. 

Como foram as atividades do Rafael da Rosa depois de seu último jogo na carreira (Rafael esteve entre os relacionados na partida União Frederiquense 1x2 Guarany-CAM, em julho recente)? 
       Priorizei ficar perto de minha família, principalmente de minha filha, pois ela já tem 3 anos de idade e, neste tempo, consegui acompanhá-la de forma contínua por no máximo seis meses. Também estive envolvido em projetos pessoais, como mudança para minha nova residência em Gravataí, além de tratar a minha lesão no quadril, lesão essa que foi o principal fator de encerrar minha carreira precocemente. Obviamente procurei descansar um pouco, já que a vida de atleta não me permitia isso (risos).

Você recebeu várias propostas para trabalhar no futebol após encerrar a carreira e optou por gerenciar o futebol do União Frederiquense. Por que foi esta a sua decisão? 
         A maioria das propostas que recebi para trabalhar na área do futebol foram com enfoque para comissões técnicas. Porém, a vida como integrante de comissão técnica é muito parecida com a de atleta e como gosto dessa parte de gestão e relações humanas, optei por esse cargo gerencial, algo que também me facilitaria quanto à criar vínculo nos clubes onde trabalhamos. 

Você vem trabalhando com muita intensidade na montagem de comissão técnica e time do União para 2013. O que é mais difícil nesta época em que muitos profissionais ainda estão treinando/jogando: formar comissão técnica ou esboçar um elenco de jogadores? 
        Por mais que comissão técnica seja menor número de pessoas ao comparar com um elenco de dezenas de jogadores, considero essa ser a montagem mais difícil. Dentre as contratações mais pontuais para um grupo de qualidade estão o técnico e jogadores que formam a chamada “espinha dorsal”. A partir deste desenho que se constrói a conquista de um acesso ou de um título tão importante quanto esse que a gente vai tentar buscar. 

Tens acompanhado os jogos da Copinha e Segunda Divisão? Além delas, você acompanha e/ou se informa sobre competições em outros estados? 
        Acompanhar competições desse nível é minha obrigação nesta nova função. Foquei bastante os times da região metropolitana de Porto Alegre e a Copa Hélio Dourado, sem descuidar em se informar sobre a Segunda Divisão. Quanto a competições de fora, também estou acompanhando torneios a nível nacional, como as séries C e D. Estados que mantém suas Copas de segundo semestre também tratei com atenção, buscando saber sobre resultados e informações de atletas. 

O que mais marcou em sua carreira como atleta? 
       O que mais me marcou, infelizmente pelo lado negativo, foi atuar no mesmo clube que o jogador que agrediu meu irmão, obrigando-o a encerrar prematuramente sua carreira. 

Quais as suas expectativas para esta nova função, agora como gerente de futebol? 
       Primeiramente, almejo começar com uma campanha de alto nível no União Frederiquense e contribuir para que o cargo possa fazer positivamente a diferença nos clubes por onde eu passe. Sei, também, que a função não permite que a gente se acomode, pois a concorrência tanto fora como dentro de campo é muito intensa. Portanto, se especializar para poder chegar com qualidade aos objetivos que um clube traça também é fundamental. 

Mesmo sendo um clube com pouco mais de 2 anos de fundação, o União Frederiquense criou gradativamente uma torcida fiel e exigente. Que mensagem você deixaria para ela? 
        Tenho um carinho muito grande pela torcida do União e isso também foi um dos fatores que pesou em minha decisão de seguir trabalhando aqui. Apesar de não termos conseguido o acesso em 2012, quero encorajar a nossa torcida para que novamente jogue junto conosco para chegar a esse objetivo, até por que uma conquista desse nível não será apenas da direção, comissão técnica ou atletas, mas, sim, de toda uma comunidade regional. Voltei porque acredito muito nesta conquista e o que peço à torcida é para que ela também acredite e seja nossa parceira neste projeto. Não medirei esforços para que o torcedor que chorou em 2012 seja o primeiro a sorrir em 2013.

Por Marcio Bariviera - AI

Nenhum comentário: