A volta para elite do futebol gaúcho tem tirado o sono do
presidente do Aimoré, Felipe Becker. Se não bastassem os gastos para montagem
do elenco para disputa do Gauchão em 2014, as reformas no Estádio João Corrêa
da Silveira vão custar bem mais que a direção previa. Inicialmente, Becker
contabilizava em torno de R$ 50 mil para colocar a casa em ordem. Porém , uma
vistoria preliminar da Brigada Militar no Cristo Rei, com várias exigências
para liberação do estádio, assustou o mandatário índio. Becker já projeta
ultrapassar R$ 150 mil somente com as reformas. “Sinceramente, está cada vez
mais difícil de fazer futebol no Estado. Além da reforma do nosso gramado e
exigências da TV, agora o comando da Brigada Militar pede outras mudanças.
Entre elas a troca da tela do alambrado da geral e uma recapagem das
arquibancadas da geral. Caso contrário, o estádio não será liberado.
Infelizmente teremos que investir menos no futebol para podermos sediar os
jogos”, lamenta o dirigente. O Aimoré tem verba reduzida em relação aos
demais clubes que disputarão o Gauchão porque foi o terceiro time a ter
conquistado o acesso à Série A e recebe pouco mais de R$ 400 mil. Os
outros clubes ganham em torno de R$ 1 milhão. O presidente índio ainda afirma
que não sabe mais a quem recorrer para não comprometer o orçamento do futebol.
“Não é choro. Isso é bom ficar claro, mas não sei mais para quem pedir ajuda.
Eu e minha turma passamos o dia na rua batendo de porta em porta das empresas.
Por enquanto temos pouco a oferecer ao empresariado, a não ser colocar sua
marca na nossa camisa ou estádio. Porém, tenho certeza que no futuro, se
conseguirmos nos manter na elite, podemos mudar essa história”, comenta o
presidente. A vistoria oficial para liberação do Estádio João Corrêa da
Silveira ainda não tem data para ocorrer. Conforme o presidente, a direção deve
marcar a data assim que conseguir cumprir todas as exigências. “Somos obrigados
a concluir tudo até o final deste ano”, lembra Felipe Becker.
Fonte: Palinha.com.br
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