FINAL
GRÊMIO 2X3 INTER
(4-5)
INTER CAMPEÃO GAÚCHO
A emoção foi protagonista durante toda a decisão do Gauchão, neste domingo, no Estádio Olímpico. Depois de um jogo eletrizante, que terminou com a vitória de 3 a 2 para o Inter, time de Falcão bateu o Grêmio nos pênaltis por 5 a 4 e conquistou a taça.
Se a pedida era um Gre-Nal movimentado assim como o do primeiro jogo da final, ele foi aceito. Mas, em vez de chances iguais para cada lado, a pressão inicial foi do Grêmio. Até “olé” a torcida tricolor gritou já no primeiro tempo com a boa troca de passes diante de um Inter que se mostrava perdido.
A primeira boa chance foi antes mesmo do primeiro minuto. Tentando surpreender o adversário, Adilson carregou a bola pelo meio e, de fora da área, arriscou o chute. A bola desviou na zaga antes de Renan segurar.
Em erro de Vilson, o Inter foi ao ataque. O zagueiro tricolor passou pelo primeiro marcador na intermediária, mas perdeu em seguida. Os colorados aproveitaram o vacilo e a bola foi lançada para Kleber pela esquerda. Ele cruzou, a bola bateu em Lúcio, e no rebote Juan levantou na área novamente. Victor subiu para segurar.
Adilson levantou na área para Mário Fernandes cabecear. Mas junto a ele estava Bolívar, sem dar chances para uma boa finalização. E aí o gremista tentou de cabeça, prensado, sem sucesso.
A pressão do Grêmio era grande. Até que resultou em gol. Aos 15 minutos, Douglas percebeu Lúcio Livre em velocidade pela esquerda. Do meio do campo ele levantou e a bola chegou até o companheiro, que não desperdiçou o presente. A arbitragem deu o “ok” para o lance, e Lúcio venceu Renan no mano a mano.
Aos 16, Júnior Viçosa recebeu passe açucarado de Douglas e chutou em cima e Renan, que afastou para escanteio. O técnico Renato enlouquecia na beira do campo.
A torcida gremista, empolgada, chegou a gritar “olé” nas arquibancadas. Aos 21 minutos, Renan devolveu mal uma bola com os pés. Ela quase foi direto para Leandro, na entrada da área, mas a defesa colorada conseguiu se antecipar. Aos 24, um chute de Douglas, de longe, passou muito perto da trave direita de Renan.
Falcão muda, Inter cresce e vira o jogo
Perto dos 30 minutos, o jogo mudou. Começou com a substituição feita por Falcão no time do Inter. Juan saiu para a entrada de Zé Roberto, que entrou no ataque para formar um 4-4-2 em campo. O Colorado se organizou. Cresceu, e virou o jogo.
Na primeira tentativa de Damião, em uma bola levantada por D’Alessandro, o centroavante cabeceou, mas Victor conseguiu fazer bela defesa com uma das mãos. Aos 31, ele não desperdiçou. D’Alessandro trocou passes com Zé Roberto, que cruzou da esquerda. Damião chutou rasteiro e a bola entrou no cantinho do gol de Victor. Era o empate.
Segundo tempo de muitas emoções
Nenhum dos dois técnicos mudou no intervalo. E o Inter, que terminou o primeiro tempo melhor, começou do mesmo jeito o segundo. Logo aos três minutos, Andrezinho teve que deixar o campo. Ele já reclamava de dores na partida. Oscar entrou no lugar dele, sem alterar o esquema.
Leandro Damião perdeu uma grande oportunidade aos 11 minutos. Com a defesa gremista aberta, Zé Roberto levantou na área e lá estava o camisa 9 para concluir. Mas, em vez de a bola entrar, ela subiu demais e foi para fora.
Um minuto depois o Grêmio finalmente chegou com perigo. Mas desperdiçou. Mário fez grande jogada pela direita e cruzou para Viçosa. Bem servido, o atacante chutaria e sairia para comemorar. Mas ele mandou para fora.
Intenso e muito disputado. Assim seguiu o clássico. Com superioridade colorada no segundo tempo. O Grêmio tentava quando achava uma brecha. Aos 19, com o caminho livre, Douglas lançou Lúcio da direita para a esquerda. Ele cruzou e Douglas cabeceou nas mãos de Renan.
Uma bola parada poderia ser um bom momento para o Grêmio se reerguer. Mas Rodolfo cobrou e bateu na barreira. Chances desperdiçadas pelos tricolores, que os colorados seguiam tentando converter em gol. O 3 a 1 daria o título ao Inter.
Douglas já vinha sentindo dores na perna esquerda, foi atendido, mas voltou ao campo. Vilson também sentiu dores, mas também seguiu no campo.
D’Alessandro faz de pênalti
A retomada do Inter na partida resultou no terceiro gol. Zé Roberto recebeu no lado direito e encarou Victor. O goleiro foi nos pés dele e fez pênalti. Vuaden apontou para o centro da área e D’Alessandro se posicionou para a cobrança. A minoria da torcida colorada acreditava. E o pensamento positivo deu certo. O Inter virou para 3 a 1 aos 30, o que era necessário para levantar a taça.
Renato muda o ataque
Depois do gol, Renato agiu. Chamou Lins e Borges e tirou Leandro e Viçosa, mudando o ataque, que não estava conseguindo jogar. Com pouco mais de 10 minutos de partida, ele partia para o tudo ou nada. Em seguida, quem saiu foi Gilson para a entrada de Willian Magrão.
O jogo ficou brigado. Disputado é pouco para descrever o final do segundo tempo. Por isso, brigado. Cada um lutando como podia para sair campeão.
Borges volta a marcar e muda tudo de novo
Em 35 minutos, o título já tinha passado pelas mãos de gremistas e ficado para os colorados. Mas Borges, o atacante que enfrentava má fase e foi especulado como possível nome para encabeçar uma lista de dispensas do clube, ressurgiu. Com uma ajudinha de Renan.
Douglas cruzou da esquerda, Renan segurou e soltou. Borges, no lugar certo e na hora certa, encheu o pé e fez o dele: 3 a 2 para o Grêmio. O mesmo placar do primeiro jogo. Ou seja: pênaltis. Tudo indefinido.
O Grêmio tentava, mas as melhores chances continuavam sendo coloradas. Borges ainda teve mais uma chance em um chute de dentro da área, que passou perto da trave, mas já estava tudo parado porque ele colocou a mão na bola.
Já batendo os 40 minutos, Victor fez uma defesa espetacular em um chute forte de Zé Roberto que tinha endereço certo. Ainda sobrou tempo para o goleiro gremista defender um chute de D’Alessandro e para Lins perder uma grande oportunidade dentro da pequena área, mandando para fora.
E não havia tempo para mais nada com a bola rolando. A decisão de um grande jogo foi mesmo para os pênaltis.
Matéria e Foto ClicRbs
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