segunda-feira, maio 16, 2011

O Drama do Interior: A Falta de Apoio local.


            O Santo Ângelo acabou eliminado da Segundona Gaúcha e o clube vive um drama, que infelizmente é comum no Interior Gaúcho, falta de patrocinios locais.
            O jornal A Tribuna de Santo Ângelo trouxe uma matéria especial neste final de semana contando o drama do financeiro do clube. O vice-presidente de futebol do clube, Dari Zanuso, afirmou que é preciso repensar o futebol profissional no município. Segundo Dari, se não mudar a mentalidade do empresariado e da população local, o melhor seria encerrar as atividades do futebol profissional por cinco ou seis anos.
           Com relação ao futuro, o vice de futebol destacou que o time juvenil deve disputar o estadual e existe a possibilidade de disputar a Copa RS no segundo semestre, entretanto, antes disso os integrantes da diretoria devem se reunir para analisar a situação financeira do clube. "Continuando assim, a saída será entregar o departamento de futebol para algum empresário que queira montar time", acentua.
            O diretor tambem confirmou que a direção se reuniu para verificar o valor necessário para pagar a folha de pagamento do mês de abril, que gira em torno de R$ 58 mil. "Vamos somar o que entrou de renda do jogo de quarta, com as copas, o valor arrecadado com a rifa e ver o que falta, para "meter" a mão no bolso e pagar a folha". A média salarial do elenco está entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil.

Sem apoio local
           O vice-presidente de futebol contou que o clube encaminhou 20 propostas de patrocínio para a camisa do time, a empresas locais, mas todos foram negados. De empresas locais, Zanuso diz que apenas a Unimed patrocinou o clube. "E o torcedor também cobra e não faz a sua parte. Teria que se associar ao clube. Temos apenas 210 sócios. Um número que mostra que Santo Ângelo não merece futebol profissional. A gente deixa os nossos negócios e as famílias de lado, para se dedicar ao clube por causa de 210 pessoas. Não vale a pena".
          O clube teria recebido apenas R$ 20 mil da Federação Gaúcha de Futebol, cuja verba deveria ser de R$ 34 mil, porém, R$ 14 mil ficaram bloqueados por conta de dívidas antigas, e mais os R$ 35 mil da Unimed Missões.

Sem dinheiro, sem futebol
        Indagado sobre os reforços que não vieram para a segunda fase, Zanuso foi claro. "Faltou dinheiro. Não usamos duas fichas de atletas da primeira divisão por falta de recursos. O Sharlei nos telefonou três vezes, querendo vir para Santo Ângelo e nós não conseguimos dinheiro para pagar o que ele pediu. O Riograndense conseguiu os R$ 10 mil e o apartamento para a família que ele pediu e o jogador foi para Santa Maria. Não existe fórmula mágica, precisa dinheiro."

Jornal A Tribuna 

Nenhum comentário: