“Cheguei para colaborar e tentar ao menos manter o
Ypiranga na primeira divisão”. Estas foram as primeiras palavras do novo
treinador do Canarinho, Leocir Dalastra. Ele chegou no final do domingo em
Erechim e na segunda-feira acompanhou os dois trabalhos que o grupo fez, com
ênfase na parte física. A frase também mostra que Dalastra sabe o trabalho que
terá pela frente.
Longe dos play-offs da primeira fase, o Ypiranga fechou a
fase com apenas três pontos conquistados e na zona de rebaixamento. Terá agora
duas semanas de trabalho pela frente até a estreia na segunda fase contra o
Inter, no Beira Rio, em Porto Alegre. E o novo comandante não quer nem pensar
em folga. “Haverá trabalho em dois turnos até o próximo domingo, todos os dias.
Na semana seguinte, em que já estaremos focando o jogo contra o Inter, os
trabalhos vão acontecer de acordo com uma programação e também todos os dias,
porém com um turno em alguns”, garantiu Dalastra.
A grande preocupação até agora foi o fato da preparação
física do Ypiranga estar muito abaixo dos demais times do Gauchão. “Vamos fazer
o possível para recuperar cada um dos atletas. Vai ser uma mini pré-temporada
em que temos de corrigir ao máximo os problemas apresentados até então”,
salientou o novo treinador durante coletiva à imprensa, no final da tarde de
segunda-feira.
REFORÇOS
Dalastra que, dentro do possível, quatro reforços. No
entanto não deixou claro para qual posição. “Precisamos para os três setores,
defesa, meio e ataque. Estamos estudando as possibilidade que existem no
mercado. Sabemos que é um momento delicado para contratar, então vamos atrás de
jogadores com estilo guerreiro, que possam nos ajudar ao máximo nesta nossa
jornada de livrar o Ypiranga do rebaixamento”, frisou o treinador. É possível
que ainda esta semana sejam anunciados os primeiros jogadores para reforçar o
grupo. Durante a coletiva, nem o treinador e nem os membros da direção falaram
sobre dispensas.
10 liberados
Desde a queda de Karmino Columbini, ainda na terceira
rodada do Gauchão, o Ypiranga chega a seu terceiro treinador e já mandou embora
nada menos que 10 jogadores. Dalastra falou sobre como tudo isso pode
influencia no vestiário e destacou querer alegria para o grupo que está no
Colosso. “Nós temos que garantir tranquilidade ao grupo. Não pode haver pavor
no vestiário. Todos tem que saber que a situação não é boa e nós vamos precisar
do esforço máximo de cada um, é hora de suas “sangue”, frisou Dalastra. Ele vai
avaliar o grupo esta semana para conhecer melhor sobre cada atleta e a partir
daí encaminhar o time que enfrenta o Inter, dia 3 de março.
Sem pensar na
calculadora
Leocir Dalastra não quer fazer contas. Ele imagina a
pontuação que o Ypiranga precisará fazer para deixar a zona de rebaixamento do
Gauchão, mas não quer que isso seja colocado como fator decisivo para o grupo
de jogadores. “Eles sabem a situação que estamos. Nós precisamos reverter. Mas
vamos esquecer um pouco desta coisa de pontuação. Nós precisamos focar na
recuperação, na busca das vitórias. Agora é momento de pensar e trabalhar pela
vitória”, acrescentou Dalastra.
Tiago Duarte
O atacante Tiago Duarte é um dos principais jogadores
contratados para esta temporada, no Ypiranga. Porém o craque de outras equipes
em temporadas anteriores, só fez um bom jogo no último, diante do Veranópolis.
Mesmo assim começou na reserva, entrou apenas na segunda etapa. Porém foi muito
bem, marcou seu primeiro gol pelo Canarinho e ainda teve outras chances para
marcar. Dalastra falou especificamente sobre o jogador, que vem sendo bastante
cobrado por ser uma das principais contratações no elenco. “Falei com ele,
assim como falei com outros jogadores, quero o Tiago Duarte dos tempos do
Pelotas de volta. A recuperação dele será importantíssima para nós na segunda
fase. Queremos que ele nos ajude e sabemos que ele pode fazer isso”, resumiu
Dalastra.
O sistema de jogo
Dalastra deixou claro que gosta de atuar no esquema
tático 4-4-2. Mas sabe que vai precisar conhecer o grupo primeiro antes de
definir sua forma de jogo para a segunda fase do Gauchão. “Vamos conhecer bem o
grupo antes e ver a possibilidade de encaixar na melhor forma de jogar. Há
situações que precisamos ver, testar e saber se os jogadores vão se encaixar
nisso. Tem momentos que precisamos nos adaptar de acordo com a característica
dos jogadores”, explica.
Jornal Bom Dia - Edson Castro
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