A direção do Sport Club São Paulo reuniu a imprensa na manhã
desta quarta-feira, 11, no estádio Aldo Dapuzzo para esclarecimentos quanto a
atual situação financeira do clube. Os dirigentes, em um diálogo sincero,
relataram as dificuldades enfrentadas pela administração.
Com toda a quota repassada pela Federação Gaúcha de
Futebol e os aluguéis da estrutura do clube comprometidos com antecipações e
penhoras judiciais, a solução encontrada pela nova direção, tem sido buscar no
empresariado o custeio para o pagamento dos atletas que disputarão o Gauchão e
a reestruturação do estádio Aldo Dapuzzo. Nesse modelo, as empresas adotam um
segmento para ser custeado, através do patrocínio exclusivo.
Quanto aos funcionários com carteira assinada, o presidente
Domingos Escovar disse estar buscando uma solução para o impasse. “Estamos
procurando uma colaboração espontânea de algumas pessoas conhecidas para que
nos repassem algum valor para colocarmos os funcionários de carteira assinada
em férias, para nesse período ganharmos fôlego para atendermos os compromissos
dentro das possibilidades”, explicou Escovar. Como a administração anterior
ainda não prestou contas, o clube não sabe, oficialmente, o que deve.
O vice-presidente administrativo Renato Lempek, destacou a
retirada antecipada sob justificativa de pagamento de salários. “Ficamos
engessados já que as receitas foram todas antecipadas. Felizmente as empresas
da cidade estão colaborando conosco e os R$ 504 mil necessários para as obras
emergenciais estão encaminhados”, afirmou Lempek, dizendo que a situação do
clube é complicada. “É essa a realidade do clube. É triste, é constrangedor.
Milito no São Paulo desde 1967 e nunca havia presenciado uma situação tão
grave”, ressaltou.
Assessor Jurídico, Lucas Pompeu, destacou que o São Paulo
atualmente não tem como se gerir. “A situação do clube sob o ponto de vista
legal é muito delicada. O número de processos aumenta a cada dia. O São Paulo
atualmente passa por um período muito difícil e se dependesse só de si para
jogar o Gauchão, o clube não teria como fazer isso”, explicou. O advogado
salientou que o importante é trabalhar com a transparência, demonstrando a
realidade ao torcedor.
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SCSP
Texto: Deivid Pereira
Fotos: Guilherme Rajão
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