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Foto: Arquivo Pessoal Camazzola | Kokka Sports |
Os casos recentes de racismo no futebol espanhol, contra
o brasileiro Daniel Alves e o senegalês "Papa" Diop, são, de certo
modo, uma rotina na Bulgária, onde atuou o volante brasileiro Camazzola,
ex-Juventude/RS. Hoje com 31 anos de idade, querendo voltar ao futebol
brasileiro, o jogador lembra, sem saudade alguma, de episódios que testemunhou
quando defendeu o Cherno More entre 2011 e 2013.
- Teve um jogador preso depois do jogo porque ele brigou
a socos com torcedores adversários. Enquanto a bola estava rolando, eles
imitavam macacos - conta Camazzola.
Por vezes, o racismo do torcedor é registrado contra
jogadores do próprio clube.
- No meu time, havia um jogador venezuelano. Quando ele
estava mal no jogo, a nossa própria torcida chamava ele de macaco. Antes disso,
no momento em que ele chegou à Bulgária, eu fui ajudá-lo a alugar um
apartamento. Eu conhecia a dona de um. Quando ela viu que meu colega era negro,
resolveu não alugar.
Segundo Camazzola, que atuou por quase sete temporadas no
Exterior, o racismo búlgaro é muito mais explicíto que nos outros três países em
que jogou na Europa. Na Escócia, ele defendeu o Hearts. Na França, jogou pelo
Chateauroux. Na Noruega, seu clube foi o Sandefjord.
Com experiência de várias temporadas na Série 'A' do
Brasileirão, no início dos ano 2000, ele deixou a Bulgária no segundo semestre
de 2013 para um tratamento. Recuperado, está disposto a fechar com algum clube
do Brasil.
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