quarta-feira, setembro 03, 2014

Técnico vítima de racismo no RS defende punição de clube e torcedor

Foto: Divulgação
           Bruno Saymon ficou conhecido, em 2014, por ser um dos mais jovens técnicos de time profissional do estado. Aos 26 anos de idade, ele assumiu o Estância Velha, da Terceira Divisão do Rio Grande do Sul. Mas o nome do treinador também esteve nas manchetes por ter sido vítima de racismo. O episódio registrado em Grêmio x Santos, semana passada, fez Bruno relembrar o que ele passou.
          No dia 14 de Maio deste ano, o Estância Velha jogava contra o Grêmio Bagé, fora de casa. Um torcedor local chamou, com insistência, o técnico visitante de "macaco". Bruno Saymon lamenta, até hoje, que a polícia não tenha se empenhado em prender o agressor.
          "Foi apenas um torcedor que me ofendeu. Quando o identifiquei, ele fugiu. Só não fiz o Boletim de Ocorrência porque o policial disse que deveria ter sido feito durante a partida. Achei essa declaração, no mínimo, estranha. Pedi para que, pelo menos, constasse em súmula, o que não aconteceu", relembra Bruno Saymon.
         Nem no Exterior Bruno Saymon havia sofrido injúrias raciais. Quando ainda era jogador - atuou como zagueiro -, atuou na Universidad de Chile e não teve nenhum problema nesse sentido. 
         Para o treinador, hoje sem clube, não há como coibir atos de racismo no futebol sem punir as duas partes: o clube e o torcedor.
         "Creio que medidas têm que ser tomadas. Tanto o clube quanto os torcedores têm que ser punidos. Não podemos mais aceitar esse tipo de manifestação."

Um comentário:

Unknown disse...

Infelizmente essas coisas acontecem no futebol e na vida.O racismo deve ser combatido sempre,inclusive nos campos de futebol,mas penalizar um clube por atos de um torcedor e como penalizar um quarteirão por atos de um morador dele.Estamos querendo resolver problemas seculares,como violência e racismo através somente do futebol,onde deveríamos usar esse esporte como ajuda não como parte exclusiva.