Ontem
à tarde, o atual presidente do Conselho Deliberativo, então diretor de futebol
na época, Tato Moreira, rebateu as palavras do jogador e fez ponderações sobre
o período em que o atleta defendeu o clube.
Já pela manhã, os membros do colegiado que comandava a instituição há dois anos
se reuniram para adotar uma postura mediante as ofensas dirigidas pelo
atacante. Tato confirmou a existência da dívida, mas lamentou a forma como o
profissional se dirigiu a gestão anterior. “Todo trabalhador tem direito a receber.
Porém, não pode se dirigir de uma forma desequilibrada e denegrir a imagem de
pais de família”, disse.
Para o ex-diretor de futebol, Alê Menezes aproveitou-se do gol e a vitória no
clássico Ba-Gua 408 para reviver o caso. “Tenho pena dele. Um jogador veterano,
em fim de carreira e com uma passagem patética pelo Guarany no Campeonato
Gaúcho da Série B. Ele deveria ter se dirigido daquela forma diretamente a mim,
não na imprensa”, aponta.
Diretamente ligado ao dia a dia do clube desde 2003, quando assumiu a
presidência, Tato acredita ter aprendido uma lição nas últimas nove temporadas.
“Quando procuramos o melhor para o clube, descobrimos que existem pessoas de má
índole em meio ao futebol e que se aproveita de situações inoportunas”,
acredita.
Contratado para resolver Menezes foi contratado como esperança para comandar o retorno alvirrubro a
Série A. Em uma reunião em Santa Maria, com a presença de Tato e do
ex-dirigente major Segredo, foram acertadas as luvas de R$ 10 mil e salário
mensal de R$ 5 mil. No período em que esteve na Rainha da Fronteira, o jogador
entrou em campo em 15 oportunidades e fez cinco gols.
A desclassificação prematura na segunda fase do campeonato deu início a uma
série de percalços na relação entre as duas partes. Com salário atrasado, o
atleta entrou na justiça e solicitou o pagamento de R$ 15 mil, no entanto, o
acordo foi selado em R$ 3,5 mil. O valor acabou não sendo pago. “Fomos
incompetentes naquele ano. Devemos agradecer a grandeza e responsabilidade que
o Sabella teve em trazê-lo e pagá-lo”.
Palavra do presidente
Sucessor da gestão citada pelo centroavante e atual presidente, Pedro Sabella,
saiu em defesa do antigo grupo de dirigentes. Reforçando o provável
desconhecimento de Alê Menezes, jogador que pretende contar em 2012, o
mandatário destacou a importância do antigo colegiado na quitação da dívida de
R$ 3,5 mil. “Todos compraram as camisetas que foram utilizadas nos dois jogos
do Campeonato Citadino e colaboraram para termos condições de pagar nossos
atrasados”, garante.
Jornal Minuano
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