Foto: Rivelino Meirelles/GES |
Um dos destaques da equipe do Novo Hamburgo, dona da
melhor campanha do Gauchão 2012, o lateral-esquerdo Marlon, 26 anos, tem uma
história diferente da maioria dos garotos que sonham com uma carreira no
futebol profissional desde crianças. O menino paraense, criado em Icoaraci, a
20 quilômetros de Belém, não gostava de futebol. Muito apegado à mãe, ele
preferia ficar em casa ou ajudar a avó na venda de tacacá – uma espécie de sopa
de camarão, típica da região – e outros produtos na banquinha que ela mantém em
Belém. Ele só começou a jogar futebol com quase 19 anos, atuando como goleiro
nas peladas promovidas pelos primos.
A partir daí, pegou gosto pelo esporte e não parou mais.
Com o consentimento da mãe, virou profissional. Atuou como zagueiro e volante
até se firmar na lateral-esquerda. O primeiro clube foi o Pinheirense, da
segunda divisão Paraense. Em apenas dois anos, estava na Bélgica. A saudade da
mãe, entretanto, falou mais alto. Marlon voltou ao Brasil, foi campeão paraense
com o Remo em 2008, além de artilheiro da equipe. Em 2010, foram 13 gols com a
camisa azul na temporada.
Agora, titular incontestável da lateral-esquerda anilada
e vice-artilheiro do time, com três gols, ele comemora o bom momento. “O grupo
é muito unido. Fui muito bem recebido por todos e tenho conseguido retribuir
com gols”, salientou o lateral-artilheiro, que projeta balançar as redes mais
vezes nesse Gauchão. “Minha característica é bem ofensiva mesmo, mas também
tenho facilidade para marcar.”
Estrutura
Morando com a esposa Patrícia, 20, e o filho Murilo, 3,
no bairro Pátria Nova, ele garante estar adaptado à cidade e ao novo clube.
“Está sendo maravilhoso, dentro e fora de campo. O Novo Hamburgo tem uma
estrutura muito boa e, pelo que estamos jogando, temos condições de ser
campeões desse turno”, avaliou o jogador.
Tímido, ele aproveita as folgas para ficar em casa com a
família, como fez na folga de ontem, quando recebeu reportagem do Jornal NH.
“Espero dar continuidade ao trabalho e, se tiver a oportunidade, fico por aqui
mesmo”, garantiu, afirmando estar sentindo-se em casa em Novo Hamburgo.
André Heck
Jornal VS
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