A velocidade é
uma das capacidades mais importantes do Futebol. Esta capacidade motora deve
ser vista como componente parcial das exigências complexas necessárias para o
futebol. Para o desenvolvimento completo desta valência, é necessário uma
combinação de fatores técnicos, coordenativos e fisiológicos. Outro detalhe que
nunca podemos deixar passar despercebido é que força e velocidade são
componentes que se interagem completamente. Alguns fatores também devem ser
levados em consideração para a organização do treinamento: posicionamento,
nível de treinabilidade, nível de adaptação, ações técnicas, numero de sprints
em suas varias distâncias, distâncias parcial e total. Uma forma de
desenvolvimento desta capacidade é através de mini jogos, neste treinamento
temos muitas manifestações de velocidade e suas sub divisões. Os métodos de
treinamento também seguem o princípio da especificidade e basicamente essa
ordem metodológica de trabalho: velocidade de reação, aceleração e resistência
de velocidade de forma exclusivamente cíclica. O bom desenvolvimento das
manifestações de força, assim como todos os exercícios coordenativos, está
diretamente associado ao desenvolvimento da velocidade.
Conceito de Velocidade:
“É a rapidez com
que um corpo se desloca. Depende, portanto, de duas variáveis: do espaço
percorrido (e) e do tempo (t) necessário para percorrê-lo.”
V= e/t
|
“Do ponto de
vista desportivo, a velocidade representa a capacidade de um sujeito para
realizar ações motoras em um mínimo de tempo e com o máximo de eficácia”
(Manso, et al.,
1998).
“O incremento da
velocidade por unidade de tempo é o que se denomina aceleração.”
a = Δv/ Δt
|
As manifestação de velocidade são as seguintes:
• Velocidade de
percepção: Perceber as situações do jogo e modificá-las o mais rápido possível,
muitas vezes mesmo sem tocar na bola.
• Velocidade de antecipação: Capacidade de adiantar-se ao movimento do adversário ou do desenvolvimento do jogo.
• Velocidade de decisão: Algumas jogadas não são realizadas não por falta de habilidade, mas sim por falta de decisão. Isso mostra que não é suficiente somente perceber algo, mas sim decidir rapidamente e objetivamente a jogada.
• Velocidade de reação: Fintar, reagir às fintas, saídas rápidas em espaços vazios, recuperar bolas mal passadas, bolas que desviam, etc.
• Velocidade de movimento sem bola (cíclico e acíclico): Deslocamentos repetidos em aceleração em espaços amplos para busca de melhor posicionamento, ou movimentos em pequenos espaços e ações isoladas com fintas,etc.
• Velocidade de ação com bola: Inclui os componentes coordenativos e técnicos do futebol. Essa manifestação de velocidade tem por base a percepção, antecipação, decisão e reação.
• Velocidade de habilidade: É a forma mais complexa da manifestação da velocidade. Não é definida somente pelas ações energéticas e musculares, pois para exercer a habilidade no esporte necessitamos de raciocínio técnico, ou seja, compreensão do jogo. As distâncias percorridas: quantificação e qualificação Detectar os espaços percorridos durante uma partida se tornou algo bastante simples.
• Velocidade de antecipação: Capacidade de adiantar-se ao movimento do adversário ou do desenvolvimento do jogo.
• Velocidade de decisão: Algumas jogadas não são realizadas não por falta de habilidade, mas sim por falta de decisão. Isso mostra que não é suficiente somente perceber algo, mas sim decidir rapidamente e objetivamente a jogada.
• Velocidade de reação: Fintar, reagir às fintas, saídas rápidas em espaços vazios, recuperar bolas mal passadas, bolas que desviam, etc.
• Velocidade de movimento sem bola (cíclico e acíclico): Deslocamentos repetidos em aceleração em espaços amplos para busca de melhor posicionamento, ou movimentos em pequenos espaços e ações isoladas com fintas,etc.
• Velocidade de ação com bola: Inclui os componentes coordenativos e técnicos do futebol. Essa manifestação de velocidade tem por base a percepção, antecipação, decisão e reação.
• Velocidade de habilidade: É a forma mais complexa da manifestação da velocidade. Não é definida somente pelas ações energéticas e musculares, pois para exercer a habilidade no esporte necessitamos de raciocínio técnico, ou seja, compreensão do jogo. As distâncias percorridas: quantificação e qualificação Detectar os espaços percorridos durante uma partida se tornou algo bastante simples.
Fatores Determinantes da Velocidade:
Área 1:
Aptidão, fatores de desenvolvimento da aprendizagem:
Sexo
Idade
Talento
Técnica
esportiva
Movimento,
Antecipação
Área 2:
Fatores sensórios cognitivos e psicológicos:
Concentração
Processamento,
controle e regulação das informações
Motivação
Capacidade
volitiva
Área 3:
Fatores neurais:
Coordenação
intramuscular
Coordenação
intermuscular
Área 4:
Fatores músculo-tendinosos
Distribuição
do tipo de fibra
Diâmetro
de cada fibra
Velocidade
de contração
Elasticidade
dos músculos e tendões
Em resposta ao treinamento específico para as atividades que exigem um
alto nível do metabolismo anaeróbio, faz com que este sofra muitas alterações
(adaptações) especificas no sistema de alta energia. E ainda as alterações
decorrentes do treinamento anaeróbio, ocasionam nenhum aumento concomitante com
as funções aeróbias. As principais alterações ocasionadas pelo treinamento de
potência segundo são:
Mecanismos adaptativos do treinamento da Velocidade
Aumento da velocidade
de condução do potencial de ação (Stein, 2000);
|
Aumento na
sincronização das unidades motoras pela velocidade aumentada da propagação do
potencial de ação (Stein, 2000);
|
Aumento dos
substratos energéticos ATP, PCr e glicogênio muscular e hepático;
|
Aumento na
atividade das enzimas da via glicolítica (Stein,2000; Ross e Leveritt, 2001);
|
Capacidade de
recuperação rápida entre esforços pelos aumentos de substratos energéticos
(Glaister,2005);
|
Aumento na
atividade da isoformas de miosina de cadeia pesada das fibras tipo II (Ross e
Leveritt, 2001);
|
Capacidade de
suportar altos níveis de acidose (H+) durante treinos e
competições
|
Melhora dos
níveis de concentração em treinamentos e competições;
|
Aumento do
volume do retículo sarcoplasmático (Ross e Leveritt, 2001);
|
Melhora da
velocidade de liberação do Ca+2 pela cisterna terminal (Ross e
Leveritt, 2001);
|
Aumento na
área de secção transversa das fibras tipo II (Trappe, 2000).
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Mecanismos da fadiga no treinamento da velocidade
Desajuste
entre velocidade que o músculo utiliza ATP e velocidade que ele pode ser
suprido;
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Acúmulo de ADP
causado pela diminuição da fosfocreatina;
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Depleção da
fosfocreatina e queda na taxa de hidrólise do glicogênio;
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Aumento na
concentração elevada de íons H+ ;
|
Queda na
velocidade de condução do potencial de ação;
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Queda na
velocidade de retorno do Ca+2 para a cisterna terminal;
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Acúmulo de Pi
no meio intracelular.
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Orientações fisiológicas e metodológicas para o treinamento da velocidade
(melhora na recuperação)
Realizar o
treinamento da velocidade sempre em estado de total ausência de fadiga e no
início da sessão de treinamento (para utilizar fontes de ATP-PC das fibras
tipo II );
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O treinamento
da velocidade só é efetivo quando realizado em ritmo máximo, da-se ênfase a
intensidade e não ao volume (assimilação do SNC);
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O início do surgimento da fadiga (diminuição do rendimento) é o sinal
para o encerramento do treino da velocidade;
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No treinamento
de velocidade e de força rápida deve-se observar a correta correlação entre
sobrecarga e recuperação de ATP-PC das fibras rápidas;
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Não realizar
nenhum treinamento de velocidade com grande volume no dia antes da
competição;
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Em equipes com
duas unidades de treinamentos diárias, não deve ser realizado nenhum
treinamento intensivo da velocidade se no período da manhã já se treinou de
forma intensiva;
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Importante
dar-se ênfase ao treinamento de resistência de força e força máxima como base
para o treinamento da velocidade;
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Não se deve
treinar a velocidade até a exaustão, ao invés disso é necessário garantir um
alto grau de qualidade nos movimentos;
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O atleta
necessita estar completamente regenerado antes do início do treinamento e, em
alguns casos, isso não ocorrerá até que se passem 48 a 72 horas após a última
sessão de treinamento de velocidade
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O período de
recuperação entre as séries e repetições devem ser suficientes para
recuperação do sistema nervoso e PCr para que a próxima série possa ser
realizada com máxima intensidade;
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A duração da
sobrecarga para atletas de elite deve ser de 8 a 10 segundos, enquanto que
para atletas mais jovens é de 6 segundos, isso se deve a experiência de
treinamento e desenvolvimento da via anaeróbia;
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Segundo Hollman
& Hettinger (1980), o tempo de reação simples somente pode ser
melhorado em torno de 10 a 18%, enquanto o tempo de reação discriminativo,
pode ser melhorado entre 10 a 40%.
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Resumo: as adaptações ao treinamento da velocidade são claramente dependentes
da duração do estímulo, recuperação entre repetições, volume total e freqüência
semanal de treino. Estas variáveis tem mostrado efeitos metabólicos, estrutural
e adaptações na performance dependendo claramente da duração da periodização
para esta valência física e também do seu tempo de destreinamento em função dos
períodos do planejamento da periodização.
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