quarta-feira, fevereiro 09, 2011

A Batalha do Sport Club Gaúcho.


             Lendo o belo Blog Impedimento, me deparei com uma das situações mais tristes de um Gingante clube do Nosso Rio Grande do Sul. Uma instituição quase Centenária, que não morrerá jamais, por em seu nome carrega o GAÚCHO. Uma emocionante luta, onde no pelotão de frente, está o seu general, o Presidente Gilmar Rosso, defendendo a sua nação.

O Descaso da FGF
          A situação do Clube é delicada e quase foi recusado na segundona pelo Presidente da FGF pois não possuía um estádio para mandar seus jogos.
           “Estou tentando não deixar morrer noventa e um anos de história. Se você não quiser me ajudar, paciência, mas eu vou até pela via judicial para botar o Gaúcho em campo”. Novelletto respondeu prontamente, com um prazo curto: “o Gaúcho tem uma semana para arranjar um estádio”.
          A Sensibilidade do Presidente da Federação Gaúcha de Futebol com o Gaúcho de Passo Fundo é deplorável. Virou as costas e saiu de sua sala. Francisco Novelletto se preocupa somente em realizar Gre-Nais para encher os cofres da FGF. Mas este último Gauchão ele sofreu um duro golpe pela sua falta de consideração com os outros clubes.
        Sem onde jogar o Clube teve que recorrer ao estádio Municipal de Marou, cerca de 40 quilometros distante de Passo Fundo. O clube não cobrava ingresso dos torcedores. Nas partidas passavam “caixinhas” pedindo colaboração da torcida presente. O clube não tinha nem gandulas.
       “ O Gaúcho não cobrava ingresso, embora uma caixinha de doações passasse pelas mãos dos torcedores dispostos a colaborar com o clube. No mesmo molde de solidariedade, o médico e o preparador físico chegaram a se plantar atrás do gol e atuar como gandulas. “Por mais difícil que tenha sido, me emocionei com aquela cena. Era um médico renomado e um professor universitário de coletes, repondo a bola para o goleiro do Gaúcho”.

O Estádio Wolmar Salton
          Todo clube de futebol tem 2 grandes patrimônios. O primeiro é a sua grande torcida, que move com emoção e mantém vivo um time de futebol. Mas toda torcida tem o seu estádio, o seu templo para acompanhar os jogos. Um ritual sagrado. Com a camisa e a bandeira na mão os torcedores se dirigem ao estádio para ver o SEU clube do Coração. Hoje o Wolmar Salton, deixou de ser um estádio e virou um pedacinho de Floresta entre o concreto da cidade.
         “Há quinze anos, um acidente nas piscinas do Wolmar Salton deixou um garoto tetraplégico e dependente de um caro tratamento. O clube deveria pagar uma pensão ao menino e, de acordo com o advogado da família, não teria cumprido com os valores determinados. Em 2007, poucos meses depois do rebaixamento do Gaúcho para a Segundona, o patrimônio físico do time foi à leilão e acabou arrematado pelo próprio advogado, em nome da família do garoto. Na época, pretendia-se negociar com uma rede de supermercados a venda de toda a área. A ação que impediu o provável fim do estádio foi o tombamento do Wolmar Salton, feito pela prefeitura de forma providencial.”
         O presidente do Gaúcho, Gilmar Rosso, que também é empresário e professor Universitário buscou renegociar as dividas para que o clube pudesse mandar seus jogos no seu antigo estádio. Em contra partida zelaria pela preservação do estádio. Mas a proposta foi negada pelos atuais donos do terreno.
       “Com oficiais de justiça batendo à porta com cobranças, o presidente Gilmar Rosso fez de um escritório em sua casa a sede transitória do Gaúcho que, em 2011, vai atuar no Vermelhão da Serra, do seu rival-moderno Passo Fundo. Na apressada reunião da FGF que definiu o novo regulamento da Segundona em trinta minutos, a única voz a propor alguma alteração foi a de Rosso – que pediu na sua chave o Atlético de Carazinho, distante apenas quarenta quilômetros de Passo Fundo, no lugar que era do Riograndense de Santa Maria, situada a quase trezentos. A troca foi pedida não só pela diferença de nível técnico entre as equipes, mas para evitar os gastos de uma viagem longa, que em 2010 custou ao Gaúcho cerca de quatro mil reais.”

Futebol
          O Gaúcho entra na Segundona para disputar o Acesso ??? Não, infelizmente não. O Clube tem uma folha de pagamento que não passa de 12 mil reais. O teto salarial para os jogador é de 600 reais.
Neste Campeonato Gaúcho da Série B, os clubes que não se classificarem para segunda fase estarão automaticamente na terceira divisão. Neste momento para o Gaúcho, permanecer na Segundona de 2011 já é uma vitória.

A Batalha de um GIGANTE, que JAMAIS morrerá,
pois em seu nome Carrega “GAÚCHO" !

Nenhum comentário: