Em seu Blog, o vice-presidente de futebol do Internacional, Roberto Siegmann, publicou uma postagem de Perguntas e Respostas sobre as reformas do Estádio Beira-Rio.
Como o Blog Peleia-FC está acompanhando atentamente para seus leitores esse longo debate sobre as obras do estádio Beira-Rio, vamos as melhores questões da postagem.
Uma bela matéria, com noticias esclarecedoras sobre o destino do Templo Chamado Beira Rio.
>> OS ENGENHEIROS SABEM MAIS DE OBRAS ?
Na gestão anterior, as obras eram assunto exclusivo do Vitorio Piffero, do Emídio e do Pedro Affatato, todos engenheiros.
O Emídio tem uma empresa de pavimentação asfáltica, o Affatato uma de sinalização de rodovias e o Vitorio é empresário, sócio de uma construtora.
A discussão atual não diz respeito ao projeto de engenharia, mas a sua viabilização financeira.
O fracasso do projeto é de sustentação financeira e não de engenharia.
>> DESDE QUANDO A FIFA REJEITOU O PROJETO DE VIABILIDADE FINANCEIRA DAS OBRAS ?
Desde julho passado, exigindo do Clube garantias efetivas, pois entendeu que a mera venda de produtos (suítes e cadeiras), com ingresso de receita a longo prazo, não viabilizaria a realização das mesmas, tanto que pediu outras garantias financeiras.
>> POR QUE, APESAR DISSO, AS OBRAS FORAM TOCADAS E O BEIRA-RIO DEMOLIDO EM PARTE ?
As obras foram tocadas com maior intensidade no período que antecedeu a eleição.
Por outro lado, o principal argumento do candidato derrotado era a reforma do Beira-Rio.
Salienta-se que naquela oportunidade o projeto de financiamento próprio já estava rejeitado pela FIFA.
Em dezembro passado, deixando de atender pedido da atual direção, houve a demolição de parte das arquibancadas e a assinatura de contrato com empresa para construir o novo padrão das arquibancadas inferiores.
>> HÁ INTERESSE POLÍTICO NO DEBATE SOBRE AS OBRAS ?
Entendo que sim, pois se continuarmos com o atual modelo perderemos a Copa (o que já foi alertado pela FIFA), teremos que desembolsar valores para recompor o Beira-Rio com grande ônus para a gestão do Giovanni.
Ficaria a ideia de que o Affatato queria as obras e fez de tudo para realizá-las e a atual gestão não.
Não podemos esquecer que com a atual situação financeira do INTER, severamente deficitária, não dispomos de um centavo para financiar as obras, eis que a venda de produtos como suítes e cadeiras é insignificante.
>> QUAL O PAPEL DO AOD CUNHA ?
O Aod é um técnico, especialista em finanças, é colorado e foi Secretario da Fazenda do Rio Grande do Sul.
Ele foi contratado como forma de profissionalizar a gestão e faz isso muito bem.
>> PODEMOS DESCARTAR A COPA E A FIFA ?
Podemos e tenho escutado algumas manifestações nesse sentido.
O prejuízo seria a perda de uma oportunidade para a reforma do estádio e que é necessária.
O modelo financeiro é que não pode comprometer o presente nem o futuro do nosso Internacional.
Caso venhamos a perder a Copa, há o risco de ser credenciado outro estádio de Porto Alegre.
Quem lutou pela Copa no Beira-Rio foram os gestores anteriores.
Não podemos esquecer que ela foi festejada com manifestações públicas, como a realizada no parque da Redenção.
>> QUAL O MODELO ADOTADO PELA GESTÃO VITORIO PARA AS OBRAS ?
Recursos próprios (recursos vindos da venda do estádio dos Eucaliptos e antecipações de receitas pela venda de suítes e cadeiras).
O Conselho Deliberativo aprovou, tão somente, a antecipação de receitas com a venda de suítes e cadeiras e a venda dos Eucaliptos.
Como só vendemos 26 suítes (sendo onze pela transferência de negócios antes existentes), temos a seguinte equação: aproximadamente 28 milhões de reais (dos quais restam treze), pelo resultado da venda dos Eucaliptos e o ingresso em prazo longo da venda das 26 suítes para fazer frente a uma obra de mais de 200 milhões de reais.
>> HÁ COMO O CLUBE FINANCIAR AS OBRAS ?
Não. Uma das causas de não obtermos garantias bancárias é a situação financeira do Clube.
>> POR QUE O INTER VENDE JOGADORES ?
Para que ingresse dinheiro em seu caixa e com isso equilibrar as suas contas.
A necessidade de ingresso de valores é em razão do défícit (diferença entre gastos e valores recebidos). São pagas despesas de pessoal, manutenção predial, juros bancários de empréstimos (só no último semestre da gestão anterior R$18.000.000,00), viagens da equipe, etc.
A mensalidade dos sócios representa aproximadamente 30% da receita.
>> O QUE FOI DITO PELA FIFA AO INTER ?
Que diante da fragilidade do modelo financeiro das obras, entendendo que havia risco de não serem levadas até o final em tempo hábil, pediu garantias bancárias ou parceria com empresa construtora.
>> O INTER BUSCOU AS GARANTIAS BANCÁRIAS ?
Sim. O Vitorio solicitou garantia para vários bancos e nenhum concedeu.
Inclua-se aí Banrisul e BNDES.
>> POR QUE OS BANCOS NÃO DERAM AS GARANTIAS AO INTER ?
Pelo risco do negócio. Bancos sempre avaliam o risco de um negócio e a capacidade financeira de quem pede empréstimo ou garantia.
>> QUAL A PROPOSTA DA ANDRADE GUTIERREZ ?
Arcar com todas as despesas do projeto, inclusive as futuras exigências da FIFA, a preço fechado.
O que ultrapassar o orçamento apresentado não será da responsabilidade do Inter - modalidade preço fechado.
Somente na semana passada a FIFA apresentou novas exigências que não são desnecessárias (sala de imprensa, rede de informática, etc) e que não estavam previstas em nenhum dos orçamentos.
>> QUAL O GANHO DA ANDRADE GUTIERREZ ?
Fica com o resultado das receitas novas (áreas criadas com a reforma), por 20 anos, devolvendo depois ao Inter.
>> QUAL A EXPERIÊNCIA DO INTER NA GESTÃO DE LOCAIS COMERCIAIS ?
Péssima - Saci, Barril, Gato do Alemão, etc.
Até mesmo o Centro de Eventos não dá os resultados prometidos na época de sua inauguração.
Em boa parcela o Inter se viu envolvido em ações de despejo e teve prejuízos.
>> TEMOS CAPACIDADE PARA GERIR NEGÓCIOS ?
Não. Nossa atividade como Clube é o futebol e devemos concentrar as nossas energias nele.
>> O BEIRA-RIO SERÁ PRIVATIZADO ?
O Inter e o Beira-Rio já são privados.
Privatizar é ceder algo que é público para empresas privadas (pedágio, energia elétrica, telefonia, etc).
Na realidade se trata de um acordo comercial entre pessoas jurídicas.
>> POR QUÊ A DIFERENÇA DE ORÇAMENTOS ?
Porque o primeiro orçamento de 150 milhões não é real. Ele não contempla a parte elétrica, móveis para as suítes e vários outros itens.
Apenas em uma adequação, o orçamento de 150 milhões pulou para 200.
Não podemos esquecer que o item segurança da obra que contempla uma cobertura é fundamental.
>> A ENGEVIX APRESENTOU ALGUMA PROPOSTA ?
Não.
Apresentou uma ideia de negócio, nos seguintes termos:reforma do estádio; destinação para ela por prazo determinado, como na outra proposta da Andrade Gutierrez, de 15% das receitas novas; preferência nos negócios que envolvem o entorno do Beira-Rio e garantias pelo Inter ( direitos sobre jogadores, sobre os recebíveis de televisionamento - Clube dos 13).
Bom, Essas foram as principais questões do Tópico postado no Blog so Roberto Siegmann. Algumas questões esclarecedores. Muito boa a potagem do diretor do inter na questão das obras do Beira-Rio.
Uma bela matéria, com noticias esclarecedoras sobre o destino do Templo Chamado Beira Rio.
>> OS ENGENHEIROS SABEM MAIS DE OBRAS ?
Na gestão anterior, as obras eram assunto exclusivo do Vitorio Piffero, do Emídio e do Pedro Affatato, todos engenheiros.
O Emídio tem uma empresa de pavimentação asfáltica, o Affatato uma de sinalização de rodovias e o Vitorio é empresário, sócio de uma construtora.
A discussão atual não diz respeito ao projeto de engenharia, mas a sua viabilização financeira.
O fracasso do projeto é de sustentação financeira e não de engenharia.
>> DESDE QUANDO A FIFA REJEITOU O PROJETO DE VIABILIDADE FINANCEIRA DAS OBRAS ?
Desde julho passado, exigindo do Clube garantias efetivas, pois entendeu que a mera venda de produtos (suítes e cadeiras), com ingresso de receita a longo prazo, não viabilizaria a realização das mesmas, tanto que pediu outras garantias financeiras.
>> POR QUE, APESAR DISSO, AS OBRAS FORAM TOCADAS E O BEIRA-RIO DEMOLIDO EM PARTE ?
As obras foram tocadas com maior intensidade no período que antecedeu a eleição.
Por outro lado, o principal argumento do candidato derrotado era a reforma do Beira-Rio.
Salienta-se que naquela oportunidade o projeto de financiamento próprio já estava rejeitado pela FIFA.
Em dezembro passado, deixando de atender pedido da atual direção, houve a demolição de parte das arquibancadas e a assinatura de contrato com empresa para construir o novo padrão das arquibancadas inferiores.
>> HÁ INTERESSE POLÍTICO NO DEBATE SOBRE AS OBRAS ?
Entendo que sim, pois se continuarmos com o atual modelo perderemos a Copa (o que já foi alertado pela FIFA), teremos que desembolsar valores para recompor o Beira-Rio com grande ônus para a gestão do Giovanni.
Ficaria a ideia de que o Affatato queria as obras e fez de tudo para realizá-las e a atual gestão não.
Não podemos esquecer que com a atual situação financeira do INTER, severamente deficitária, não dispomos de um centavo para financiar as obras, eis que a venda de produtos como suítes e cadeiras é insignificante.
>> QUAL O PAPEL DO AOD CUNHA ?
O Aod é um técnico, especialista em finanças, é colorado e foi Secretario da Fazenda do Rio Grande do Sul.
Ele foi contratado como forma de profissionalizar a gestão e faz isso muito bem.
>> PODEMOS DESCARTAR A COPA E A FIFA ?
Podemos e tenho escutado algumas manifestações nesse sentido.
O prejuízo seria a perda de uma oportunidade para a reforma do estádio e que é necessária.
O modelo financeiro é que não pode comprometer o presente nem o futuro do nosso Internacional.
Caso venhamos a perder a Copa, há o risco de ser credenciado outro estádio de Porto Alegre.
Quem lutou pela Copa no Beira-Rio foram os gestores anteriores.
Não podemos esquecer que ela foi festejada com manifestações públicas, como a realizada no parque da Redenção.
>> QUAL O MODELO ADOTADO PELA GESTÃO VITORIO PARA AS OBRAS ?
Recursos próprios (recursos vindos da venda do estádio dos Eucaliptos e antecipações de receitas pela venda de suítes e cadeiras).
O Conselho Deliberativo aprovou, tão somente, a antecipação de receitas com a venda de suítes e cadeiras e a venda dos Eucaliptos.
Como só vendemos 26 suítes (sendo onze pela transferência de negócios antes existentes), temos a seguinte equação: aproximadamente 28 milhões de reais (dos quais restam treze), pelo resultado da venda dos Eucaliptos e o ingresso em prazo longo da venda das 26 suítes para fazer frente a uma obra de mais de 200 milhões de reais.
>> HÁ COMO O CLUBE FINANCIAR AS OBRAS ?
Não. Uma das causas de não obtermos garantias bancárias é a situação financeira do Clube.
>> POR QUE O INTER VENDE JOGADORES ?
Para que ingresse dinheiro em seu caixa e com isso equilibrar as suas contas.
A necessidade de ingresso de valores é em razão do défícit (diferença entre gastos e valores recebidos). São pagas despesas de pessoal, manutenção predial, juros bancários de empréstimos (só no último semestre da gestão anterior R$18.000.000,00), viagens da equipe, etc.
A mensalidade dos sócios representa aproximadamente 30% da receita.
>> O QUE FOI DITO PELA FIFA AO INTER ?
Que diante da fragilidade do modelo financeiro das obras, entendendo que havia risco de não serem levadas até o final em tempo hábil, pediu garantias bancárias ou parceria com empresa construtora.
>> O INTER BUSCOU AS GARANTIAS BANCÁRIAS ?
Sim. O Vitorio solicitou garantia para vários bancos e nenhum concedeu.
Inclua-se aí Banrisul e BNDES.
>> POR QUE OS BANCOS NÃO DERAM AS GARANTIAS AO INTER ?
Pelo risco do negócio. Bancos sempre avaliam o risco de um negócio e a capacidade financeira de quem pede empréstimo ou garantia.
>> QUAL A PROPOSTA DA ANDRADE GUTIERREZ ?
Arcar com todas as despesas do projeto, inclusive as futuras exigências da FIFA, a preço fechado.
O que ultrapassar o orçamento apresentado não será da responsabilidade do Inter - modalidade preço fechado.
Somente na semana passada a FIFA apresentou novas exigências que não são desnecessárias (sala de imprensa, rede de informática, etc) e que não estavam previstas em nenhum dos orçamentos.
>> QUAL O GANHO DA ANDRADE GUTIERREZ ?
Fica com o resultado das receitas novas (áreas criadas com a reforma), por 20 anos, devolvendo depois ao Inter.
>> QUAL A EXPERIÊNCIA DO INTER NA GESTÃO DE LOCAIS COMERCIAIS ?
Péssima - Saci, Barril, Gato do Alemão, etc.
Até mesmo o Centro de Eventos não dá os resultados prometidos na época de sua inauguração.
Em boa parcela o Inter se viu envolvido em ações de despejo e teve prejuízos.
>> TEMOS CAPACIDADE PARA GERIR NEGÓCIOS ?
Não. Nossa atividade como Clube é o futebol e devemos concentrar as nossas energias nele.
>> O BEIRA-RIO SERÁ PRIVATIZADO ?
O Inter e o Beira-Rio já são privados.
Privatizar é ceder algo que é público para empresas privadas (pedágio, energia elétrica, telefonia, etc).
Na realidade se trata de um acordo comercial entre pessoas jurídicas.
>> POR QUÊ A DIFERENÇA DE ORÇAMENTOS ?
Porque o primeiro orçamento de 150 milhões não é real. Ele não contempla a parte elétrica, móveis para as suítes e vários outros itens.
Apenas em uma adequação, o orçamento de 150 milhões pulou para 200.
Não podemos esquecer que o item segurança da obra que contempla uma cobertura é fundamental.
>> A ENGEVIX APRESENTOU ALGUMA PROPOSTA ?
Não.
Apresentou uma ideia de negócio, nos seguintes termos:reforma do estádio; destinação para ela por prazo determinado, como na outra proposta da Andrade Gutierrez, de 15% das receitas novas; preferência nos negócios que envolvem o entorno do Beira-Rio e garantias pelo Inter ( direitos sobre jogadores, sobre os recebíveis de televisionamento - Clube dos 13).
Bom, Essas foram as principais questões do Tópico postado no Blog so Roberto Siegmann. Algumas questões esclarecedores. Muito boa a potagem do diretor do inter na questão das obras do Beira-Rio.
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