quinta-feira, março 27, 2014

Entrevista com técnico Paulo Turra, o último Campeão Gaúcho por um clube do Interior


             O site PELEIA FC realizou uma entrevista EXCLUSIVA com Paulo Turra, ex-jogador de futebol e o último Campeão Gaúcho por um clube do Interior, o Caxias. Atualmente, Turra está na carreira de treinador de futebol. Confira o Bate Bola:

- Paulo Turra esteve na campanha do Caxias, o último campeão gaúcho do Interior. Porque hoje está mais difícil os clubes do interior baterem a dupla GRE-NAL ?
    Na verdade sempre foi difícil. Nosso título em 2000 foi apenas uma exceção pelo grande time que o Caxias montou em 1999/2000.

- Como foi o título em 2000 sob o comando de Tite ? Oque mais lhe marcou ?
        Foi o maior momento do Caxias em toda sua história. Posso descrever três momentos:
1. Tínhamos um grupo excepcional, com vários líderes e com um potencial individual enorme. Coube ao Tite montar o esquema.
2. Enfrentamos inúmeras dificuldades, dentre elas, três meses de salário atrasado. Imagina isso hoje!
3. Na fase preliminar, nós, jogadores, sentimos que o Tite poderia ser demitido. Nos reunimos com o então novo vice-presidente de futebol, Alceu Fasbinder, e deixamos claro que a culpa do momento não tão bom não era apenas do Tite e que nós não queríamos, em hipótese alguma, a saída do treinador.

- Como foi atuar fora do país ?
      Foi uma grande e excepcional experiência. Hoje, posso afirmar que, como jogador de futebol, só não disputei campeonatos pela Seleção, pois, por clubes, participei de todos os torneios que um jogador top pode participar. Por exemplo: Copa Mercosul (antiga Sulamericana), Libertadores, Taça UEFA (hoje, Liga Europa) e Champions League. 

- Você teve alguma grande decepção no futebol ?
     Não tive nenhuma decepção no futebol.

- Qual momento mais difícil da sua carreira como jogador e técnico ?
     Como jogador: as freqüentes lesões no fim da minha carreira. Como técnico: no meu último clube, recentemente.

- Como você a transição de jogador para técnico ?
        Foi tranquila, pois planejei e me preparei para deixar de ser jogador e, consequentemente, tornar-me treinador.

- O que aconteceu no Avaí, seu último clube ? faltou respaldo da direção, pois a passagem foi rápida.
       No dia e no momento certo falarei tudo. Quem me conhece sabe da minha maneira de trabalhar/ser, em todos os aspectos.

- Qual o melhor momento da sua carreira como jogador ?
      O título de 2000 pelo Caxias e a minha passagem por Portugal, disputando campeonatos como a Champions League. Como jogador, conhecei mais de 30 países.

- Você pretende retornar ao futebol gaúcho ? tem proposta de algum clube ?
      O que eu pretendo é encontrar um clube profissional, com boa estrutura e com dirigentes que não queiram se meter no meu trabalho. 

- Como você avalia o nosso futebol do interior em um modo geral ? Precisa evoluir no que ?
       O futebol do interior hoje esta mais fácil de tocar do que no meu tempo. Os clubes ganham R$ 800 mil de cota. Precisam ser mais profissionais, ter categorias de base fortes e disputarem campeonatos o ano todo. 

- Copa do Mundo: Como você ve a seleção de Felipão ? O Brasil é favorito ?
       Favorito, ainda mais sob o comando do Felipão. Ele é mestre nisso.

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