sábado, julho 19, 2014

Goleiro Marcelo Pitol critica o calendário do futebol brasileiro

Banner no site do Bom Senso, produzido antes do acerto com o Aimoré
           Ao lado de jogadores como o meia Alex (Coritiba) e o zagueiro Juan (Internacional), o goleiro Marcelo Pitol é um dos pioneiros do movimento Bom Senso Futebol Clube. Recentemente, sentiu na pele um dos problemas que vem ajudando a combater: a falta de calendário no futebol brasileiro. A equipe que ele defendia, o Glória/RS, fez seu último jogo na Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho, dia 4 de Maio, um mês antes do encerramento da competição. Foram cerca de dois meses realizando atividades físicas por conta própria. Na última segunda-feira, dia 14, ele iniciou os treinamentos no novo clube, o Aimoré/RS, de São Leopoldo, sua cidade natal.
            - O problema foi a Copa do Mundo. Os jogadores das séries 'A', 'B' e 'C' do Brasileiro tinham contrato, mas clubes que não disputam essas competições dispensaram todos e recontrataram somente agora para a Série 'D' e as copas estaduais. Assim, os clubes economizam dois ou três meses de salários, e os jogadores têm que aceitar - explica.
            Marcelo Pitol, que foi capitão na grande maioria dos clubes pelos quais passou, ajudou o Bom Senso F.C. a elaborar propostas para melhorar o futebol brasileiro. 
             - Não existe uma regra ou uma cláusula em contrato para o jogador se garantir. Aí, os atletas dos clubes menores ficam sem fonte de renda. Em alguns casos, passam fome. Muitos acabam largando o futebol porque, nesse meio tempo, arranjam empregos que pagam mais e que dão segurança para a família.
            Pitol acredita que a grande questão é o calendário, que, hoje, não dá estabilidade ao atleta. No caso dele, aos 32 anos de idade, foi a primeira vez que ficou mais de 60 dias sem clube. O Aimoré, que o contratou, vai disputar, neste segundo semestre, duas competições: a copa estadual, em estilo mata-mata, em que disputará de uma a dez partidas; e a Copa Metropolitana, torneio regional com sete equipes, onde cada uma disputará entre 12 e 22 jogos.
            Alçado aos grupo profissional do Grêmio pelo técnico Tite, em 2002, Pitol acabou saindo do circuito dos grandes clubes. Ele conheceu a realidade de equipes pequenas e médias do Rio Grande do Sul e dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Pernambuco e Ceará. No Bom Senso F.C., ele representa a maior parte dos atletas profissionais brasileiros, aqueles que vivem longe dos holofotes e dos salários milionários. Nos dois meses em que ficou sem clube, abriu, ao lado do irmão, um restaurante em São Leopoldo.

Um comentário:

Leandro Stracke disse...

ESTE AI FALA MUITO E ACONTECEU DE SER MANDADO EMBORA DO VILA NOVA POR CONVERSA FIADA SÓ ISTO POR ISTO NÃO ARRUMA MAIS CLUBE FORA E CHEGOU AQUI COM MUITA MORAL NA MÍDIA LOCAL ,FALE MENOS E TRABALHE RAPAZ BOLA VC TEM AINDA PARA UNS 6 ANOS OU MAIS .SE CUIDAR DE TRABALHAR.