quarta-feira, agosto 06, 2014

Treinador gaúcho embarca nesta quarta, para trabalhar na Arábia Saudita

 Foto: Arquivo pessoal | Rodrigo Ferrari | Kokka Sports
           Nesta quarta-feira, 06, o técnico gaúcho Rodrigo Ferrari embarca no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, rumo ao Oriente Médio. O jovem treinador, de 36 anos, leva consigo na bagagem o sonho de colocar o Al-Kholoud na segunda divisão saudita. O contrato de trabalho tem duração de seis meses, podendo ser renovado ao final deste período.

A Comissão Técnica
            Rodrigo fará escalas em São Paulo, na Etiópia, em Riad, para enfim chegar a Ar Rass, cidade distante 430 km da capital saudita, onde terá a missão de comandar um grupo 100% árabe, já que a Federação Saudita só permite a inscrição de atletas estrangeiros na primeira divisão. O novo comandante do Al-Kholoud será auxiliado por brasileiros que já estão no clube pelo menos uma temporada e, portanto, dominam o idioma e os costumes locais. Rogério Oliveira, atual treinador da equipe sub-21, vai atuar como auxiliar técnico no time profissional. André Guimarães será o preparador de goleiros. Mas estes não serão os únicos embaixadores do novo técnico, já que mais brasileiros atuam nas categorias de base do Al-Kholoud.

O grupo de jogadores e o planejamento de trabalho
          O elenco profissional é formado por cerca de 25 atletas e foi construído com as convicções do próprio clube. Agora, cabe ao brasileiro colocar suas ideias em prática. No entanto, Rodrigo revelou que tem autonomia para solicitar alguma peça específica, se entender necessário. O plano de trabalho do técnico prevê testes de avaliações físicas e médicas na primeira semana e, após, aplicação de trabalhos específicos, predominantemente, físicos. E, por fim, depois de uns 15 dias com o grupo, ele ingressa com atividades de ordem técnica, tática, física e cognitiva.

O maior desafio
           Rodrigo Ferrari já integrou a comissão técnica de importantes equipes gaúchas como Lajeadense, Cerâmica (à esquerda, na foto) e Ypiranga. Recentemente, atuou como treinador do FC Osaka Brasil, projeto de captação de jovens talentos, na capital gaúcha. No entanto, sem dúvida, este é o maior desafio pessoal e profissional.
            - Com certeza é o maior desafio. Acredito que me preparei muito para esta oportunidade, tanto nas condições técnicas como psicológicas. Se Deus assim quer é porque servirá para meu crescimento – comentou.
           No entanto, o jovem profissional entende que a parte mais difícil a ser superada, com certeza, será a distância que vai separá-lo da família. Rodrigo é casado com Thayná há quase cinco anos e tem uma filha, a pequena Isabela, que completará dois anos no dia 05 de setembro, longe do pai. Durante estes seis meses em solo saudita, o brasileiro estará distante em datas importantes como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Natal e Ano-Novo, nas quais ficará privado do carinho do lar que recém construíra, mas o amor pelo futebol, a confiança no próprio potencial e a vontade de aumentar a qualidade de vida das pessoas que o rodeiam, fazem com que ele embarque convicto para outro continente.

Excelente estrutura
         Uma eventual carência afetiva poderá ser minimizada com a excelente estrutura que o clube lhe oferecerá. O Al-Kholoud conta com estádio próprio, campos de treinamento com gramado natural e sintético, piscina, musculação e fisioterapia. Na última semana, Rodrigo recebeu a informação de que o clube recebeu da Adidas, 40 bolas novas, iguais às utilizadas na última Copa do Mundo. Muitos clubes da primeira divisão do Brasil não possuem toda esta condição.
          - Estou sempre em contato com os profissionais brasileiros que já estão lá e integrarão a comissão técnica comigo. A cada dia sou surpreendido positivamente com novidades. Os apartamentos nos quais ficaremos hospedados são de propriedade do próprio clube e ficam defrontes à sede do clube – revelou.

O retorno
          Rodrigo tem passagem de volta ao Brasil marcada para 02 de fevereiro. Até lá, terá que superar dificuldades de adaptação, de idioma, as altas temperaturas, que beira os 40 graus centígrados, e a distância da família. No entanto, espera voltar em 2015 com o dever cumprido, quem sabe com o título de campeão saudita da terceira divisão e a esperança de uma qualidade de vida melhor.
        - Já passou de um simples sonho, é uma missão de vida. Nasci para o futebol e é com esse trabalho que vou qualificar a vida das pessoas que amo – Resumiu.

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