Segue a polêmica do gol de empate do Novo Hamburgo diante do
Aimoré, que deu o título ao Noia na final do primeiro turno da Copa
Metropolitana. O índio vencia o jogo até aos 47 do segundo tempo no Estádio do
Vale na segunda à noite, quando o Noia empatou com gol de Lucas Santos em lance polêmico em que o auxiliar Leirson Martins assinalou impedimento e, cinco
minutos depois, o árbitro Márcio Chagas da Silva validou o gol. Ontem, a
convite do Jornal VS, o ex-árbitro e comentarista de arbitragem da TV Globo, Renato
Marsiglia, assistiu ao lance e deu seu parecer: gol irregular. O comentarista
de arbitragem da Band RS, Chico Garcia, porém, afirmou que o gol foi legal. O
árbitro Márcio Chagas da Silva foi procurado, mas não retornou ligações.
Segundo Marsiglia, o texto atual da regra 11 da FIFA, que entrou em vigor dia 1o de
julho deste ano, é claro em relação ao movimento do jogador anilado, Léo“. O
jogador Léo (Novo Hamburgo) está em posição de impedimento quando a bola vem do
companheiro Lucas Santos (Novo Hamburgo). Se o Leó não interferisse no lance, o
simples fato de estar impedido não seria problema. A imagem disponível na
Internet não é boa, mas na minha interpretação, ele disputa a bola com o
goleiro (Axel, Aimoré), impedindo-o de jogar, caracterizando a ilegalidade do
lance”, diz o ex-árbitro que apitou jogos da Copa do Mundo de 1994.
Duas visões diferentes do mesmo lance
Marsiglia acrescenta ainda que o zagueiro Léo obstruiu
claramente o campo visual do goleiro Axel, o que reforçaria ainda mais a sua
interpretação e a do auxiliar Leirson Martins, que levantou a bandeira antes
mesmo da bola balançar as redes. “Mesmo a imagem não sendo clara, não há
nenhuma dúvida que o jogador Léo vinha da posição de impedimento. O auxiliar
está com a bandeira erguida antes mesmo da bola entrar. Além disso, o jogador
do Novo Hamburgo interfere no movimento do goleiro em tentar afastar a bola”,
explica o comentarista. Já Chico Garcia afirma que gol foi legal, dizendo que
Léo não atrapalha a jogada. Garcia diz que o gesto do auxiliar é de marcação de
impedimento, mas o jogador que fez o gol não estava impedido. Quem estaria
impedido, caso tocasse na bola, seria o outro jogador anilado no lance. “Na
minha opinião o gol foi legal. O jogador que disputa a bola com o goleiro não
comete falta e nem toca na bola, e quem faz o gol recebe a bola do goleiro e
não está impedido. O assistente se precipitou e o Márcio Chagas acertou em
chamar a responsabilidade”, diz Garcia.
Falam os dirigentes
Do Aimoré, Felipe Becker, presidente índio, o gol foi uma
vergonha e não há polêmica sobre ele. “Não existe nenhuma polêmica sobre o
lance. O jogador do Novo Hamburgo estava impedido e participou diretamente do
lance. O bandeira viu e marcou. Aliás, parece ser o único da arbitragem que
estava certo”, comentou Becker, presidente do índio.
Do Novo Hamburgo, Everton Cury, vice de futebol, foi
uma trapalhada muito grande dos jogadores Rogério e goleiro Axel. “Estava muito
distante desse lance. Por outro lado, estava bem próximo do lance do gol
anulado do Eliomar. Este, afirmo, não estava impedido e a bola bateu no peito,
quase no ombro, jamais foi mão”, diz Cury sobre outro lance do jogo.
Fonte: Palinha.com.br
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