Alessandro Telles, novo técnico do São Luiz, chegou na tarde
deste domingo(02) em Ijuí. Ao
lado de Sandro Palharini, assistiu a derrota do Passo Fundo(próximo adversário
do São Luiz).
Alessandro, concedeu entrevista na noite deste domingo para
a reportagem da Rádio Progresso.
Confira:
RPI: Você é um profissional que sempre disputou títulos
como auxiliar do técnico Paulo Porto, hoje você assume um São Luiz que está
brigando para não cair, por que o desafio de assumir o clube numa situação como
essa?
Alessandro: Realmente, nas últimas temporadas, nós
estamos sempre sendo campeões ou buscando títulos, mas o desafio é porque tenho
uma identificação muito grande com o clube, gosto do clube, quando joguei fui
muito bem recebido, quando trabalhei na comissão técnica fui muito bem
recebido, gosta da cidade de Ijuí e acredito no grupo, conheço a grande maioria
desse grupo, jogadores que foram campeões comigo pelo Caxias, outros foram
vice, aqui mesmo no São Luiz e por isso eu acredito que eles podem reverter
essa situação.
RPI: Essa será sua primeira experiência como
técnico?
Alessandro: No profissional sim. Trabalhei por dois
anos na base do São Paulo(juvenil), onde sabia que queria seguir minha
carreira, mas não na base, acho legal o trabalho, mas não é o que eu gosto, eu
gosto de resultado imediato, por isso a minha opção por vir trabalhar, já estou
há 4 anos com o Paulo, a gente tem feito bons trabalhos e aceitei por isso. Não
desfiz a minha parceria com o Paulo, pelo contrário, quando vim prá cá eu
liguei prá ele e ele achou legal.
RPI: Você acredita que é possível reverter essa situação
que o São Luiz vive hoje, tendo que fazer mais de 80% para escapar da degola?
Alessandro: Quando falamos, mais de 80%, e se vermos,
ao longo do campeonato o São Luiz fez apenas uma vitória e hoje precisa de
três, daí todo mundo fala, é impossível. Não, no futebol nada é impossível e
como eu te falei, eu conheço a maioria desse grupo, sei do que eles são capazes
e eu acho completamente viável eles passarem por cima dessa situação.
RPI: Você me dizia em off, que conversou com alguns
atletas que jogaram contra o São Luiz, e disse que eles falaram que o São Luiz
é um time sem alma, você concorda?
Alessandro: Eu acompanhei alguns comentários pela
imprensa e quando desses jogadores que estão aqui, a maioria trabalhou comigo e
quem não trabalhou eu acompanhei, vamos implantar a nossa filosofia, do jeito
que a gente acha que podemos reverter essa situação.
RPI: E qual é essa filosofia?
Alessandro: Hoje nós temos que aumentar a auto-estima
desses atletas, algumas pessoas dizem que tem jogador se escondendo, não é fácil,
realmente é difícil. Temos que mostrar prá eles que eles são vencedores, pois
eles foram vencedores no passado e por que não serem agora no presente?!
RPI: Qual seu esquema preferido?
Alessandro: O que eu pretendo implantar no São Luiz, é
uma equipe compacta, temos que ter uma transição rápida, um time aguerrido e
que tenhamos uma velocidade na saída de bola, sei que não teremos tempo para
trabalhar, tempo prá treinar, mas vamos tentar colocar com alguma conversa e
alguns treinamentos e vamos ver se a gente consegue implantar isso.
RPI: Tem um jogador no grupo do São Luiz, que está
sendo muito criticado por torcedores, imprensa e direção, que é o Aloisio, o
que é possível passar para esse atleta num momento de dificuldade como esse?
Alessandro: O Aloisio é um jogador de fino trato, eu
acompanho ele há muito tem, sei que é um jogador que tem habilidade, que tem
uma precisão no passe, é um jogador perigoso dentro da área e vamos conversar
com ele, vamos ver até mesmo se não fica melhor prá ele jogar mais próximo da
área, é um jogador que pode definir uma partida. Nós temos que saber dos
jogadores, o que eles estão sentindo e o que eles acham que faltou.
RPI: O aproveitamento do pessoal da base. Um dos
setores criticados é o ataque, que não bate e não faz gol, é possível o
aproveitamento do Mattana, Elias e Ben-Hur?
Alessandro: Olha, o Mattana eu já conheço, vamos
analisar isso, vamos ver, pois temos que ter muito cuidado, por que são
jogadores que não se pode queimar, colocar eles nessa “fogueira”, eles terem
que resolver, mas isso não está descartado.
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