O Blog TeoriaDos Jogos, de Vinivius Paiva, divulgou nesta semana os faturamentos das
Federações do Brasil. A Federação Gaúcha de Futebol é a terceira que mais
fatura no país. No total são 7 milhões, ficando atrás apenas da Federação Paulista
e Carioca.
Outro fato que
chama atenção é a falta de transparência de algumas federações na prestação de
contas.
Vejamos a ordem por faturamento em 2011:
1)
Federação Paulista de Futebol – R$ 25.724.000,00 – link
2)
Federação de Futebol do Rio de Janeiro – R$ 11.972.835,44 - link
3)
Federação Gaúcha de Futebol – R$ 7.641.319,40 – link
4)
Federação Mineira de Futebol – R$ 5.534.491,00 (sem link)
5)
Federação Paranaense de Futebol – R$ 4.634.697,73 – link
6)
Federação de Futebol de Goiás – R$ 3.480.708,34 – link
7)
Federação de Futebol da Bahia – R$ 3.422.818,00 – link
8)
Federação Pernambucana de Futebol – R$ 3.142.280,00 – link
9)
Federação de Futebol do Acre – R$ 2.781.000,56 – link
10)
Federação Catarinense de Futebol – R$ 2.592.853,00 – link
11)
Federação Cearense de Futebol – R$ 2.409.507,89 - link
12)
Federação de Futebol do Espírito Santo – R$ 2.037.061,67 - link
13)
Federação Paraense de Futebol – R$ 1.344.389,02 – link
14)
Federação Sergipana de Futebol – R$ 1.217.763,06 – link
15)
Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul – R$ 1.183.159,32 - link
16)
Federação Paraibana de Futebol – R$ 996.734,15 - link
17)
Federação Alagoana de Futebol – R$ 840,562,43 – link
18)
Federação de Futebol de Rondônia – R$ 770.596,00 – link
19)
Federação Tocantinense de Futebol – R$ 633.369,00 – link
20)
Federação de Futebol do Piauí – R$ 272.491,25 – link
Fonte: site da CBF
Considerações:
* Não divulgaram
seus balanços as seguintes Federações: Distrito Federal, Maranhão, Roraima, Amazonas,
Amapá, Mato Grosso e Minas Gerais. A Federação Mineira foi a
única a responder ao contato, enviando por e-mail suas demonstrações e
responsabilizando burocracias internas pela ausência no site.
* A Federação
Norte-Riograndense publicou apenas o balanço patrimonial, sem a demonstração de resultados que
dá acesso às receitas.
* A procura por
informações em meio às distintas realidades por vezes é um verdadeiro show de
horror. Além da falta de transparência, sites inexistentes, links quebrados e
e-mails que retornam são comuns, principalmente nas Federações de menor
expressão.
* Neste
sentido, situações estranhas foram identificadas, como no caso da Federação
acreana (9ª no ranking). Grande parte de suas receitas seriam provenientes de
supostos “patrocínios” (na ordem de R$ 1,4 milhões). Como não existiriam fins
lucrativos, a Federação alega ter repassado o valor quase integralmente aos
clubes. Isso em um dos estados com o futebol menos desenvolvido e onde a
Federação sequer possui site no ar.
* O Piauí vive
situação oposta. Em último lugar no ranking, sua contabilidade expõe que 99%
das receitas seriam provenientes de “doações da CBF”. O faturamento oriundo das
partidas de futebol teria proporcionado míseros R$ 2.491,25. A título de
comparação, em Tocantins (penúltimo na lista) houve mais de R$ 200 mil
arrecadados em taxas, como seria natural.
Responsáveis pela
organização do futebol profissional nos estados e no Distrito Federal, as
Federações administram montantes superiores a R$ 80 milhões, em boa parte
originários do bolso dos torcedores – na forma de inúmeras taxas. É
imprescindível que haja maior transparência na administração destes recursos,
sob pena de vermos atendidos interesses muito diferentes daqueles que realmente
anseiam os brasileiros.
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