domingo, setembro 16, 2012

Fernandão desabafa e sugere uma limpa no vestiário do Inter


          Fernandão chutou o balde. Em quase meia hora de entrevista coletiva após o empate em 2 a 2 com o Sport, no Beira-Rio, o técnico do Inter criticou o cobrou os jogadores, reclamando da instabilidade apresentada pelo grupo nos últimos jogos. Fernandão pediu que o grupo saia da “zona de conforto” em que se encontram. Comparou a situação atual à temporada de 2007, quando o time não repetiu o desempenho do ano anterior. 
          Para as 13 rodadas finais do Brasileirão, ele quer uma chacoalhada no vestiário: "Tem que chegar e escolher a dedo quem quer jogar os últimos 13 jogos. Para o resto, pode dar férias" (...) “É difícil você chegar na beirada do campo e rezar pelo time que vai entrar em campo”.
         Sem poupar munição, Fernandão se disse envergonhado da etapa inicial do jogo deste domingo, em que o Inter levou 2 a 0 ao natural do Sport, forte candidato ao rebaixamento. “Queria estar em qualquer lugar da Terra menos onde eu estava”, desabafou ele, que reclamou, sem citar nomes, dos mais experientes do plantel colorado. “Nesse momento os grandes têm que assumir a responsabilidade. Quem fazendo isso é o Fred”, afirmou, elogiando o meia e após ter garantido que não fez nada do primeiro para o segundo tempo – quando o Inter empatou o confronto. 
        A irregularidade do time foi um ponto bastante criticado pelo treinador: “A gente nunca sabe como o time vai entrar em campo”, apontou. “O grande problema é a inconstância mental que a gente tem hoje”, acrescentou Fernandão. “Ou muda a mentalidade ou vamos ficar marcados como a equipe que não vai brigar por nada no campeonato.” 

Fernandão quer grupo indignado
      Apesar dos resultados instáveis e das declarações fortes, Fernandão afirmou que não irá pedir demissão: “Eu não vou abandonar em momento nenhum até eu sentir que a direção não tem mais confiança em mim”, garantiu o treinador, que ganhou apenas cinco de 15 partidas disputadas. “Acho que chegou o momento. Chegou o meu limite, por isso que estou falando”. 
     O técnico ainda disse que é amigo do grupo, por até pouco tempo atrás estar jogando, mas que não sabe se o Inter está precisando de um treinador com esse perfil. Entretanto, não amenizou: “Da mesma maneira que eu sou amigo eu sei cobrar”, assegurou ele, que espera reação do grupo: “Estou falando isso para que eles ouçam e fiquem indignados mesmo.”

Fonte Correio do Povo

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