Foto: Arthur Dallegrave |
Dono da camisa número nove desde 12 de Dezembro de 2010,
chegou ao Jaconi cercado de expectativas. Estaria chegando o goleador que o
Juventude tanto precisava? A resposta veio dentro de campo, ao longo de quatro
temporadas.
Foram 132 jogos, 66 gols e uma média de um gol a cada dois
jogos, números que muitos centroavantes dificilmente alcançam em um mesmo
clube. Alguns desses gols, inesquecíveis, mais importantes que uma simples bola
na rede. Torcedor nenhum vai esquecer, por exemplo, dos dois marcados contra o
Londrina, na histórica classificação do Juventude na segunda fase da Série D,
ano passado.
Nas quatro temporadas em que pisou no gramado do Jaconi,
Zulu se tornou Rei. Também vestiu-se de Zorro, foi o maquinista da Maria Fumaça
do Jaconi, enlouqueceu com a Papada e comemorou assim, valorizando, com
irreverência, cada gol marcado vestindo Verde e Branco. Deixou de aceitar boas
propostas para continuar onde se sente bem, onde tem história.
Mas um ídolo não alcança esse posto apenas com gols, ou com
grandes atuações. Um jogador só se torna ídolo se veste a camisa de seu time
com honra, com raça e sabendo da paixão de seu torcedor. Zulu é um exemplo de
tudo isso. Dentro e fora de campo sempre representou de forma íntegra as cores
do Verdão. Superou calado às críticas dos momentos difíceis e encarou
discretamente o posto de referência do Juventude.
A partir de hoje, os autofalantes do Jaconi não anunciarão
mais Zulu com a camisa 9. Outros assumirão este posto e torcemos para que façam
uma história tão bonita quanto Z9. Mas é com orgulho que todos lembrarão,
durante muitos anos, deste personagem que marcou uma geração alviverde.
Site do Juventude
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