Já foi o tempo em que
André Araujo era um mero torcedor rubro-negro. Há mais de dez anos ocupando um
cargo diretivo no clube da Baixada – tendo assumido a Presidência em maio de
2010, hoje ele sabe que não pode comentar as situações que envolvem o futebol Xavante
com a mesma liberdade do tempo das arquibancadas. Quando o assunto é BRA-PEL
então, aí a cautela é redobrada:
- Encaro esse clássico com
a mesma ansiedade de sempre, mas, além disso, com uma responsabilidade que,
como torcedor, eu não tinha. Temos a consciência de que enquanto dirigente
temos que deixar um pouco o lado torcedor. Preciso ser mais responsável, às vezes,
até mais coerente nas colocações, porque qualquer detalhe, dentro ou fora de
campo, pode vir a decidir um jogo tão importante como é o BRA-PEL.
E seguindo nessa linha, é
praticamente óbvio que o presidente não iria apontar um favorito para o jogo de
domingo, no estádio Bento Freitas.
- BRA-PEL é um clássico
que não tem favorito. Vou te dar um exemplo típico disso: me lembro meus
primeiros anos acompanhando BRA-PEL, em 1984 e 85, nós tínhamos um time
vice-campeão gaúcho, disputando campeonato nacional, chegando na terceira
colocação, e sinceramente, não lembro de o Brasil ganhar BRA-PEL naqueles dois
anos. Pode ter acontecido, mas não lembro. E o time do Brasil era tecnicamente
superior ao time do Pelotas, nós tínhamos um momento muito bom, lado
psicológico todo ao nosso favor, e isso não foi suficiente para ganharmos
BRA-PEL – disse Araujo.
- Claro que trabalhamos
hoje numa realidade diferente, os jogadores bem cientes, a comissão técnica
chegou há pouco, mas todo mundo já está muito consciente com a importância que
tem o clássico, não só pela movimentação na cidade, pela motivação dos
torcedores, mas, principalmente, no sentido de retomar uma confiança do nosso
grupo para o restante da Série C. Então, como falamos para os jogadores no
vestiário, ‘domingo é Copa do Mundo’.
(Site do Brasil-Pel)
(Site do Brasil-Pel)
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