Em entrevista à rádio Pelotense, no final da tarde de hoje,
o ex-presidente do Pelotas, Carlos Augusto Tavares, especulado para retornar ao
cargo no Lobão, rechaçou qualquer possibilidade no momento, avaliou o
atual momento e interpretou os insucessos nas parcerias realizadas pelo clube
desde 2007. Segundo ele, ter dado autonomia demais aos parceiros,
contribuiu para as dificuldades apresentadas.
Após a eliminação precoce do Campeonato Gaúcho a direção do
Pelotas agora prioriza os ajustes administrativos do clube e também a sucessão
presidencial para os próximos dois anos.
Na atual gestão os ex-presidentes Carlos Augusto Tavares,
José Bonifácio Poetsch e Manoel Soares estão encarregados de montar os
relatórios com o balanço administrativo para apresentar ao Conselho
Deliberativo do Clube. Além disso, dois deles – Poetsch e Tavares – surgiram
como possibilidades para assumir a presidência do clube a partir do
segundo semestre, no entanto, em contato com a rádio Pelotense, ambos negaram
qualquer possibilidade de assumir o cargo.
José Bonifácio revelou que até poderá assumir algum cargo
para auxiliar na parte administrativa, mas descartou ser o presidente do Lobão.
- Nós estamos nos reunindo permanentemente para mantermos as
coisas em ordem no clube. Eu sempre ajudei e seguirei ajudando o Pelotas, mas,
em função dos meus compromissos profissionais, não tenho assumir essa
responsabilidade neste momento, explicou.
No final da tarde de hoje, em entrevista à rádio Pelotense,
Carlos Augusto Tavares também garantiu que não irá ser o presidente na próxima
gestão.
- Eu já estou trabalhando pelo Clube há 40 anos e, quando
não estou trabalhando a minha dedicação é muito grande ao clube. Até quando
estou em férias e viajo, não consigo me desligar das coisas do Pelotas. Eu sou
médico e professor da Universidade e as tarefas não são poucas. Talvez daqui a uns
dois ou três eu possa voltar a presidir o clube, mas neste momento é inviável,
justificou.
Sobre os atual momento e as dificuldades vivenciadas pelo
áureo-cerúleo dentro de campo, Tavares lembrou os motivos que levaram aos
insucessos nas parcerias elencadas nos últimos anos.
- Desde 2007 nós tivemos três parcerias no Pelotas. A
primeira com o César Sampaio que, felizmente quando percebemos que as coisas
não estavam funcionando, optamos por romper. Depois veio Jorge Bopp que foi
muito bem nos dois primeiros anos, mas depois acabou desgastando e agora por
último com o César Dias e o Maurício Rech que não deu o resultado esperado. Vou
usar uma expressão popular para explicar o meu sentimento – Os olhos do dono é
que engordam o boi – eu disse ao Larrossa (atual presidente) e falo para
qualquer outra pessoa sem problema algum. Acho que a rédea deve ser mais
curtinha e o Pelotas deixou as parcerias “navegarem” muito sozinhas, avaliou.
Futebol Daqui - André Muller
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