Foto: Arthur Dallegrave |
A Arena do Grêmio, por si só, já criou todo um ambiente de
uma grande final. A Papada, então, trouxe som ambiente ao estádio, cantou o
jogo inteiro e pôde, ao final, vibrar com mais uma vitória “em casa” do
Juventude. Logo na entrada em campo, aplausos para o time adversário, que em um
ato de grandeza, ingressou carregando uma faixa parabenizando o Juventude pelo
acesso à Série C.
Com todo o palco montado, foi a vez de os jogadores
apresentarem ao público o espetáculo. Superior no primeiro tempo, o Juventude
não demorou a abrir o placar. Logo aos três minutos, Zulu já fez valer o
ingresso aos mais de 4 mil torcedores esmeraldinos presentes na Arena.
Primeiro, girou em cima da marcação e chutou na trave. Na sequência do lance,
recebeu na ponta da grande área, levantou a cabeça e observou o goleiro
adiantado. Com a qualidade de quem é ídolo alviverde, deu um toque sutil,
perfeito, por cobertura, no ângulo. 1 x 0 e há quem diga que está feito o gol
mais bonito da Arena até agora.
Com o placar adverso, o Botafogo mostrou qualidades de um
time que, assim como o Juventude, merece estar na final. Aos 19, após cobrança
de falta, a bola desviou e bateu na trave. No rebote, Aírton fez defesa
espetacular, em cima da linha, garantindo a vitória parcial. O intervalo chegou
com um Juventude em vantagem e superior no volume de jogo.
O segundo tempo começou diferente, e foi a vez do Botafogo
mandar a bola para o fundo do gol. Aos 4, Rafael Aidar aproveitou cruzamento e,
de primeira, empatou a partida. 1 x 1.
Sem sentir o gol sofrido, os comandados de Lisca continuaram
em busca do segundo gol. Fechado, o Botafogo tentava manter a bola longe de sua
área. Aos 6, Dê cruzou e Rogerinho completou de cabeça. A bola passou rente à
trave direita do goleiro Remerson. Aos 23, o gol esmeraldino. Rodrigo Possebon
utilizou um de seus principais recursos e soltou uma bomba, que explodiu no
travessão. Paulo Josué, que a recém havia entrado, completou para o fundo do
gol. 2 x 1, para enlouquecer a massa Jaconera.
A vitória poderia ter sido maior. Aos 41, Gerley chutou
forte e a bola bateu no braço do lateral Ferreira, em pênalti não marcado pela
arbitragem.
Ao final do jogo a certeza, mais uma vez, de que o árduo
trabalho da temporada e as dificuldades encontradas estão sendo recompensados,
e um jogo como esse serve para coroar um projeto executado com absoluta
eficiência.
Sobre a decisão, Lisca pede tranquilidade para o segundo
tempo desta final de 180 minutos. “O Botafogo mostrou ter um bom time e também
merece estar nessa final. Claro que queremos o título desta competição, que
seria um grande prêmio a tudo que foi feito pelo clube este ano. Mas precisamos
continuar trabalhando com a mesma seriedade e com muito foco no jogo da volta.
Quero aproveitar para agradecer a torcida do Juventude, que tem me
proporcionado momentos únicos”, destaca o treinador, um dos grandes
responsáveis pelas alegrias proporcionadas à torcida nesta temporada, ao lado
de sua comissão, jogadores e direção do clube.
O jogo da volta contra o Botafogo será no próximo domingo,
às 17h, no estádio Almeidão, em João Pessoa-PB. Com a vitória na tarde deste
domingo, basta ao Juventude um empate para conquistar o Campeonato Brasileiro
da Série D. De antemão, pode-se considerar Juventude e Botafogo grandes
merecedores desta honra. Só quem passa pelas dificuldades desta competição é
que sabe valorizar esta conquista.
Ficha técnica:
Juventude: Airton; Chicão, Claudinho, Flávio e Gerley;
Rodrigo Possebon, Itaqui, Dê e Rogerinho; Douglas e Zulu. Técnico: Lisca.
Botafogo-PB: Remerson; Ferreira, Marcelo, André Lima e
Celico; Zaquel, Pio, Hércules e Lenílson; Rafael Aidar e Fausto. Técnico:
Marcelo Vilar.
Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por José Larroyd e Éder
Alexandre.
Público: 4083 torcedores, para uma renda de R$ 148.510,00.
Site do Juventude
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