Foto: André Oliveira |
Dirigentes de diversos clubes de futebol do país
participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na
tarde da última terça-feira (15/10). A principal pauta foi em cima da dívida
tributária, que tanto preocupa os times em todo o Brasil, mas outros assuntos,
como gestão de clube e formas de arrecadação foram debatidos. O Superintendente
Administrativo e Financeiro do E.C. Juventude, Emir Alves da Silva, representou
o clube na oportunidade.
De acordo com Emir, o ponto mais importante que foi
levantado e defendido pelos clubes, é o de que o futebol precisa passar
urgentemente por um processo de reformulação, especialmente na forma de gestão
dos clubes. Pelo que foi levantado, a única maneira de os clubes sobreviverem e
se equilibrarem financeiramente, é com uma administração profissional e com a
implantação da chamada “governança corporativa”, que prevê confiabilidade e
transparência de todas as ações da gestão de uma empresa. Com esta teoria,
aceita como a ideal para a administração moderna de um clube de futebol, seria
possível que os clubes controlassem com maior eficiência suas finanças.
Ainda em cima das dívidas tributárias dos clubes, a CBF
sugeriu também uma proposta que prevê punição desportiva para inadimplentes
fiscais e trabalhistas, como perda de pontos ou até mesmo eliminações em competições. Em
contrapartida, facilitaria e parcelaria as dívidas dos clubes que devem mais.
Para o dirigente alviverde, Emir Alves da Silva, a
participação do E.C. Juventude na audiência em Brasília foi positiva. “Estamos
recebendo, em 2014, uma Copa do Mundo, que é o grande evento do futebol em todo
o mundo. Precisamos aproveitar este momento e discutir assuntos que vão
garantir a sobrevivência dos clubes de futebol, principalmente em relação ao atual
modelo de gestão praticado no futebol brasileiro”, explica o Superintendente
esmeraldino.
Outro ponto que chamou atenção foi a apresentação do projeto
de autoria do deputado Vicente Cândido (PT/SP), que permitiria que os clubes
pagassem, no máximo, 10% das dívidas tributárias. Os 90% restantes poderiam,
neste caso, ser compensados com investimentos nas categorias de base. A ideia
central seria investir no futuro do próprio esporte e da sociedade, pois o
valor seria revertido para que o clube pudesse auxiliar nas questões sociais,
como tirar crianças das ruas e levá-las ao futebol.
A audiência pública da comissão foi pedida pelos deputados
Deley (PTB-RJ) e Francisco Escórcio (PMDB-PA), que garantem que a situação
envolvendo as dívidas está em situação crítica. Dentre os presentes, estiveram
vários ex-atletas que hoje fazem carreira na política como Romário, Popó e
Danrley.
Por outro lado, muitos dirigentes mostraram insatisfação com
as desigualdades entre os recursos destinados pela CBF aos clubes e, principalmente,
pelo descuido com as Séries B, C e D.
Site do Juventude
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