Foto: Tiago da Rosa/Jornal NH |
"Reunião do Conselho deliberativo do Aimoré às 19 horas, Srs. Conselheiros por favor compareçam quero mostrar a real e precária situação financeira do Aimoré que vem se acumulando desde 2006, nada mais vai ficar embaixo do tapete, quem é conselheiro do Clube deve ir e deve começar a ajudar o clube, não é justo 2 ou 3 trabalharem e os demais olharem, eu sou um abnegado pelo clube, só que eu não sou batalhão e minha vida vale mais que futebol ! Não aguento mais ser palhaço dos outros e segurar um clube nas costas com mais 3 ou 4 sozinho!"
Mais tarde, em entrevista a Rádio ABC, de Novo Hamburgo, o presidente do clube detalhou a crise:
“Mandei fazer
uma auditoria para saber quanto o Aimoré deve e saber o que pode acontecer e o que
precisa para arrumar a casa. É muito fácil deixar eu e mais um ou dois trabalhando
e sair para cornetiar. Não são todos, mas 70% do conselho faz isso. É muito
ruim trabalhar assim. Eu estou muito cansado. Os que mais ajudam, nem
conselheiros do clube são. A comunidade tem que saber o estado que está o Aimoré.
Eu trabalho assim, sou um cara franco.” - revelou
Questionado
se já tinha pensando em deixar a presidência no final do ano, ele foi enfático: “Eu
tenho muita vontade. Eu não vou ficar doente pelo Aimoré. Se continuar assim, não
tem como. Eu não vou fazer futebol para 500 pessoas. O apoio é muito pouco. É
melhor deixar o clube fechar.” - afirmou
Segundo o
presidente, o clube vai pedir mais 100 mil reais, dos 500 que tem direito da cota
do Gauchão. O clube há havia sacado outros 107 mil, totalizando assim 207 mil já
retirados. O presidente diz para onde vai esse dinheiro: “Já pedi mais 100 mil para reformar o estádio: gramado, cabines de imprensa, troca fiação, alambrado (...) caso contrário não vou conseguir
jogar. Então de 300 mil, vai sobrar 180 mil para fazer futebol.” - disse
Perguntado
sobre a preocupação do torcedor, Becker falou: “Quem está preocupado sou eu, o
torcedor tem que apoiar.”
O presidente
disse ainda que por ele não participava da Copinha neste ano, mas
tinha um compromisso com os patrocinadores: “É um campeonato que só dá prejuízo.”
Já sobre o prêmio
dos atletas da Série A2 pelo Acesso, Becker foi franco: “Prêmio não paguei, mas os salários
estão em dia. Não
tenho como pagar. Não sei quando vou poder pagar.”
A crise financeira e a falta de apoio não atinge somente o Aimoré, dirigentes do Inter de Santa Maria não sabem se o clube entrará em campo no ano que vem. Nesta semana será estudada a possibilidade do licenciamento do clube para a criação de uma nova agremiação na cidade.
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