Foto: Arthur Dallegrave |
Um jogo perfeito,
um placar confortável de 4 a 0 e uma apresentação de encher os olhos. Resume-se
assim a atuação do Juventude diante do Tupi, na tarde deste sábado, em Lajeado,
pelas semifinais da Série D. Mesmo com diversos desfalques em relação ao time
que garantiu o acesso, Lisca encontrou no grupo peças que supriram com
perfeição as baixas. Méritos para a comissão técnica e para os jogadores, que
provaram que o grupo continua focado, de olho no novo objetivo, o título.
O mando era do
Verdão. O estádio, não. Mas isso não fez diferença para cerca de 1500
torcedores, que deixaram Caxias do Sul para acompanhar o time alviverde.
Jogando em Lajeado por conta de uma punição da justiça, que julgou o clube com
a perda de dois mandos de campo, não demorou muito para que o Juventude abrisse
o placar. Logo aos 30 segundos de jogo, um Juventude forte e determinado chegou
ao gol. Gerley escapou pela esquerda e cruzou na medida para Zulu completar. 1
x 0 e mostras de que seria uma tarde ruim para o adversário.
O Juventude
apresentou um jogo inteligente, de posse de bola e muita qualidade na troca de
passes do meio pra frente. Este estilo de jogo favoreceu a criação de diversas
chances de gol. Aos 28 minutos, Rogerinho quase ampliou, chutando firme, para
defesa do goleiro Victor Souza. Aos 31, o Verdão ampliou. Chicão, atuando como
lateral direito, infiltrou bola perfeita para Dê, que se desprendeu do meio e
ficou cara a cara com o goleiro. Com frieza, deu um leve toque para desviar
para a rede. 2 x 0. Um minuto depois, o Ju só não chegou ao terceiro gol por
detalhe. Como se fosse um replay do primeiro gol, Gerley fez excelente jogada e
ingressou na grande área. Levantou a cabeça e tocou para Zulu que,
desequilibrado, finalizou nas mãos do goleiro. Fim de primeiro tempo e a
sensação de que a tarde guardaria mais alegrias para o torcedor.
A segunda etapa
não apresentou nada de diferente do primeiro tempo. O Juventude continuou
atacando e o Tupi continuou tentando se defender. A missão foi difícil para o
adversário, já que as individualidades do time alviverde estavam inspiradas, o
que é fundamental no trabalho coletivo. Logo aos 7 minutos, Chicão lançou mais
uma bola precisa, desta vez para Rogerinho. O atacante chegou na frente do
marcador, driblou o goleiro e mandou para o fundo do gol. 3 x 0.
Aos 11 minutos,
uma obra prima inacabada. A bola sobrou para Zulu que, de primeira, por
cobertura, ia surpreendendo o goleiro Victor Souza, que fez tudo o que pode
para salvar e mandar a bola para escanteio. A sequência do segundo tempo
apresentou um fato interessante. Com as saídas de Paulo Josué, Claudinho e
André Sangalli, estes dois por lesão, três atletas da base foram chamados pela
comissão técnica: Ermel, Aírton e Vacaria, que se uniram a Flávio, que iniciou
a partida. A gurizada deu conta do recado e o quarto gol veio ao natural.
Aos 40 minutos,
Rogerinho lançou Ermel antes da linha do meio campo. O veloz atacante alviverde
carregou a bola até a entrada da área. Passou pelo zagueiro e, com inteligência
e calma, colocou por baixo do goleiro adversário, fechando o placar. 4 x 0.
Para Lisca, uma
vitória que marca um trabalho sério desenvolvido no Jaconi. “Foi um resultado muito
importante e uma atuação consistente. Tivemos boas participações individuais e
os próprios meninos da base corresponderam. Mas apesar do placar, nada está
conquistado. Temos um jogo de volta, que é sempre complicado e o Tupi
certamente vai se mobilizar. Precisamos estar atentos”, é o que diz Lisca que,
suspenso, não pôde acompanhar ao jogo do banco. Josué Romero, auxiliar,
comandou da casamata, com acompanhamento do treinador.
Com o resultado, o
Verdão joga por um empate em Juiz de Fora (MG), no próximo sábado (19). Mesmo
com o acesso garantido à Série C 2014, o Juventude segue buscando o título da
competição com foco, determinação e muito trabalho.
Ficha técnica:
Juventude: Aírton
(André Sangalli); Chicão, Claudinho (Vacaria), Flávio e Gerley; Rodrigo Possebon,
Dê, Itaqui e Paulo Josué (Ermel); Rogerinho e Zulu. Técnico: Lisca.
Tupi: Victor
Souza; Henrique, Sílvio, Rafael Victor e Rafael Estevam; Felipe Lima, Genalvo
(Magnum), Toledo (Cassiano) e Michel; Núbio (Wesley) e Ademílson. Técnico:
Felipe Surian.
Arbitragem: Paulo
Schleich, auxiliado por Eberval Lodetti e Thiago Americano Labes.
Site do Juventude
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