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Foto: Gabriel Haesbaert / Portal Extra |
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Foto: Gabriel Haesbaert / Portal Extra |
No lado de fora do estádio a delegação do Inter se recusava a ingressar no campo. Em entrevista a rádio Imembuí, o treinador Badico relatava que não havia condições de ter o clássico e se emocionou, como pai, ao lembrar da recente tragédia que a cidade passou e vitimou 242 pessoas.
O presidente do Inter-SM, Heriberto Marqueto, que não estava no ônibus no momento da confusão, chegou depois e disse que "não seria meia duzia de caras que iam estragar o clássico". Enquanto o treinador era contra a realização da partida, devido a segurança, o presidente confirmava a realização do clássico.
A partida estava marcada para as 18 horas, mas começou 18h45min devido a indefinição da realização do jogo. O clima tenso era visível nos jogadores do alvirrubro. O técnico do Riograndense e os atletas do periquito também lamentaram o fato ocorrido com os colegas de profissão no lado de fora do estádio.
CLIMA TENSO
Com a bola rolando, o clima tenso tomou conta do gramado e das arquibancadas. A partida "amistosa" foi de forte marcação, mais parecia final de campeonato. Divididas fortes e muita dificuldade para fazer o jogo fluir. Nas arquibancadas, torcedores de uma torcida organizada do Inter quase entraram novamente em confronto com torcedores do Riograndense, mas foram contidos por seguranças e dirigentes.
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Ramiro e Badico fizeram as pazes após o jogo. Foto: Gabriel Haesbaert |
A falta de comunicação também tomou conta da beira do gramado. A questão de colocar em campo duas equipes, uma em cada tempo e o número de substituições acabou gerando um grande bate-boca ao longo da partida entre o técnico Badico e o Gerente de Futebol do Riograndense, Ramiro Guimarães. Por volta dos 40 minutos, do segundo tempo, os dois profissionais voltaram a discutir depois de um jogador do Inter ser expulso pelo árbitro. A substituição do jogador gerou o conflito verbal, que teve invasão de campo e o jogo paralisado por mais de 5 minutos. No final da partida, os dois acabaram se entendendo e tudo ficou no passado.
ROJÃO NO GRAMADO
Outro fato triste foi um rojão arremessado por torcedores do Inter-SM para dentro do gramado durante a partida. O artefato caiu próximo ao goleiro do Periquito, que desabou no gramado. O lance foi muito parecido com o fato ocorrido na partida entre Juventude e Grêmio pelo campeonato Gaúcho, no Alfredo Jaconi. Lembrando, que no primeiro clássico, terça-feira, um torcedor do Riograndense também jogou um jogão no gramado do Presidente Vargas, mas não atingiu ninguém. Na semana passada, em entrevista a Rádio Imembuí, o diretor jurídico do Riograndense, Ricardo Siqueira revelou ser contrário a realização do clássico sem policiamento interno da brigada militar.
FUTEBOL ?
No placar final, o clássico Terminou ZERO A ZERO. Apesar de tudo, ambas as equipes tiveram chances de abrir o placar, mas o futebol ficou em segundo plano. Tirando algumas divididas fortes e troca de empurrões, os jogadores souberam se portar até o apito do árbitro. Ao final do jogo todos se cumprimentaram. Marco Antônio do Inter-SM quase marcou em uma jogada individual e um chute forte, na primeira etapa. Ainda no primeiro tempo, Dinei – estreante – também quase balançou a rede para o periquito. Já no segundo tempo, com todo time diferente, o Riograndense criou mais chances de gol. Fabiano Veiga pelo menos três oportunidade de marcar. O alvirrubro teve pelo menos duas chances claras de gol, em uma delas Josiel quase marcou.
LIÇÃO
Um RIONAL manchado pela selvageria de alguns "torcedores" de ambos os lados. E a lição que ficou foi: clássico sem policiamento é um jogo de alto risco e para não ser repetido.
ESCALAÇÕES
Riograndense:
Primeiro Tempo: Júlio César; Taffarel, Valença, Fábio Souza e Willian Mendonça; Geison, André Tereza, Cléberson e Moisés Baiano; Tiago Duarte e Dinei;
Segundo tempo: Samuel (Romário); Darlem, David, Alan, Ito (Gabriel Dorneles); Gudi, Charles, Gabriel, Ivan Lima; Fabiano Veiga e Giovani. Tec. Luciano Correa
Inter-SM: Yai (Goico); Pedro Júnior (Elias), Vagner Garibaldi, Aguinaldo e Diego Rocha (Cássio); Rafael Muçamba, Luis Felipe (Wellington), Alexandre Piccinini (Josias) e Roger Bastos; Marco Antônio (Vinícius) e Josiel (Luis Paulo). Tec. Badico
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