quinta-feira, outubro 17, 2013

Juventude participa de audiência em Brasilia

Foto: André Oliveira
          Dirigentes de diversos clubes de futebol do país participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde da última terça-feira (15/10). A principal pauta foi em cima da dívida tributária, que tanto preocupa os times em todo o Brasil, mas outros assuntos, como gestão de clube e formas de arrecadação foram debatidos. O Superintendente Administrativo e Financeiro do E.C. Juventude, Emir Alves da Silva, representou o clube na oportunidade.
          De acordo com Emir, o ponto mais importante que foi levantado e defendido pelos clubes, é o de que o futebol precisa passar urgentemente por um processo de reformulação, especialmente na forma de gestão dos clubes. Pelo que foi levantado, a única maneira de os clubes sobreviverem e se equilibrarem financeiramente, é com uma administração profissional e com a implantação da chamada “governança corporativa”, que prevê confiabilidade e transparência de todas as ações da gestão de uma empresa. Com esta teoria, aceita como a ideal para a administração moderna de um clube de futebol, seria possível que os clubes controlassem com maior eficiência suas finanças.
         Ainda em cima das dívidas tributárias dos clubes, a CBF sugeriu também uma proposta que prevê punição desportiva para inadimplentes fiscais e trabalhistas, como perda de pontos ou até mesmo eliminações em competições. Em contrapartida, facilitaria e parcelaria as dívidas dos clubes que devem mais.
          Para o dirigente alviverde, Emir Alves da Silva, a participação do E.C. Juventude na audiência em Brasília foi positiva. “Estamos recebendo, em 2014, uma Copa do Mundo, que é o grande evento do futebol em todo o mundo. Precisamos aproveitar este momento e discutir assuntos que vão garantir a sobrevivência dos clubes de futebol, principalmente em relação ao atual modelo de gestão praticado no futebol brasileiro”, explica o Superintendente esmeraldino.
          Outro ponto que chamou atenção foi a apresentação do projeto de autoria do deputado Vicente Cândido (PT/SP), que permitiria que os clubes pagassem, no máximo, 10% das dívidas tributárias. Os 90% restantes poderiam, neste caso, ser compensados com investimentos nas categorias de base. A ideia central seria investir no futuro do próprio esporte e da sociedade, pois o valor seria revertido para que o clube pudesse auxiliar nas questões sociais, como tirar crianças das ruas e levá-las ao futebol.
           A audiência pública da comissão foi pedida pelos deputados Deley (PTB-RJ) e Francisco Escórcio (PMDB-PA), que garantem que a situação envolvendo as dívidas está em situação crítica. Dentre os presentes, estiveram vários ex-atletas que hoje fazem carreira na política como Romário, Popó e Danrley.

Por outro lado, muitos dirigentes mostraram insatisfação com as desigualdades entre os recursos destinados pela CBF aos clubes e, principalmente, pelo descuido com as Séries B, C e D.

Site do Juventude

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