Força física é trunfo do Equador para avançar na Copa

 Túlio Flores (E) e Luiz Carlos Vieira

            Mesmo fora da altitude de Quito, a seleção equatoriana é bem cotada antes de a Copa do Mundo começar. A força física de seus jogadores é apontada como grande trunfo. Único time a ficar concentrado no Rio Grande do Sul, o Equador vai estrear contra a Suíça no domingo, dia 15, às 13h, no Mané Garrincha, em Brasília/DF. A chave 'E' ainda conta com França e Honduras.

            O fôlego ajuda. O preparador físico Túlio Flores, multicampeão trabalhando na base do Grêmio, atualmente no time sub-20 do Juventude/RS, explica que quem atua na altitude - acostumado ao ar rarefeito - têm uma vantagem mesmo jogando fora dessas condições.

            - O sangue de quem vive na altitude tem mais hemoglobinas. Portanto, o Equador pode ter a melhor condição física da Copa, pelo menos na primeira fase - afirma Túlio.

            O preparador alerta, porém, que o trabalho de força é muito utilizado na Europa, onde a maioria dos jogadores que disputarão o Mundial atua. 

            - Por isso, as seleções com menos expressão têm que apostar, também, na organização ofensiva - diz.

           O meia Luiz Carlos Vieira atuou cerca de cinco temporadas na Bolívia e sabe bem o que é jogar na altitude. Defendeu o San Jose, de Oruro, e atuou diversas vezes em La Paz, Potosí e Cochabamba. Conquistou um título nacional e dois vicecampeonatos.

          - Com certeza, o ritmo de jogo é diferente, mas a maioria dos jogadores deles não joga mais lá - lembra o jogador. Dos 23 convocados, apenas três atuam em Quito. Porém outros oito atuam em áreas de altitude, na Colômbia e no México. Luiz acredita em vitória do Equador na estreia.

         O clube mais recente de Luiz Carlos, 31 anos, revelado no Internacional, foi o Glória de Vacaria na Divisão de Acesso do Gauchão 2014.