Sobre a notícia veiculada no Jornal Boa Vista, edição de 09 de março de 2012, coluna Pente Fino, assinada pelo Senhor Rodrigo Finardi, o Ypiranga Futebol Clube, através de sua Diretoria vem por meio desta requerer Direito de Resposta com a finalidade de esclarecer alguns fatos:
I - O cancelamento das entrevistas por parte de Direção, Comissão Técnica e Jogadores, aos órgãos de comunicação ligados à Fundação CEAS, ocorreu a partir de uma decisão com base em fatos inverídicos veiculados em programa da Rádio Cultura FM 105.9 que vão contra os princípios jornalísticos e da informação, mas especialmente a favor da agressão pessoal e diretamente à idoneidade de Diretores, Atletas e Profissionais do Clube.
II - Vamos aos fatos. Em uma das edições do Programa Estúdio BV Esportes, um funcionário da referida rádio, Senhor Tiago Ávila, afirmou que na Diretoria do Ypiranga Futebol Clube, havia pessoa ou pessoas “mascarada, mau-caráter e que escapava quarta”. Adjetivo este último que em uma análise direta versa que os membros da Diretoria ou o membro – pois a afirmação não foi direcionada a um Diretor em específico – são homossexuais. E pior, atribui à questão da homossexualidade, um preconceito ou algo pejorativo. Fato este, que caracteriza um crime gravíssimo de preconceito. Coube apenas ao Ypiranga discordar e lamentar profundamente as afirmações veiculadas na Rádio Cultura através do seu funcionário Tiago Ávila.
III - Este mesmo funcionário, foi responsável por creditar ao Gerente de Futebol e a alguns Diretores por diversas vezes adjetivos como incompetentes. Já sobre alguns jogadores, o Senhor Tiago Ávila afirmou em determinado programa que estes seriam “cabaços”. Algo que constrangeu os atletas e principalmente a instituição Ypiranga Futebol Clube diante da sua comunidade e torcedores.
IV - Em um grupo de amigos do Ypiranga Futebol Clube na rede social Facebook, este senhor, Tiago Ávila, funcionário da Fundação CEAS também efetuou um questionamento sobre o custeio de cirurgia plástica por parte de jogadores a uma representante do clube. Fato este que gerou um grande desconforto entre o Ypiranga, atletas e familiares da representante em questão. Além disso, inúmeros outros questionamentos de ordem extremamente pessoal e de cunho negativo contra Diretores e ao próprio clube foram veiculados em seu perfil em Redes Sociais. Este mesmo senhor em recente visita ao estádio Colosso da Lagoa, foi flagrado por um funcionário do Ypiranga, tentando ouvir o conteúdo de uma reunião de Diretores sem a devida autorização e/ou convite.
V - Pelos motivos acima citados, que envolvem a conivência da Rádio Cultura na maioria dos fatos, a Direção do Ypiranga entendeu que o objetivo de noticiar fatos verdadeiros sobre o Ypiranga Futebol Clube, (positivos ou negativos) foi substituído por um ataque direto aos princípios éticos, de imparcialidade e impessoalidade que sustentam o verdadeiro jornalismo. Mesmo com elementos suficientes para responsabilizar cível e criminalmente a emissora e os responsáveis por determinadas opiniões, o Ypiranga Futebol Clube optou apenas por silenciar-se diante dos fatos e não compactuar com estas práticas. O que não afasta a responsabilidade dos atos e opiniões por parte dos seus autores. Cabe destacar que em momento algum, o Ypiranga Futebol Clube proibiu a entrada de funcionários da Fundação CEAS e/ou transmissão de jogos através da Rádio Cultura.
VI - O Ypiranga Futebol Clube entende, portanto, que não está cerceando a liberdade de imprensa e tão pouco o direto de ir e vir das pessoas. Apenas silenciando-se diante de ataques pessoais e ofensas manifestadas através da Rádio Cultura. Sua relação com todos os demais veículos de comunicação, todavia, permanece inalterada. E mais, está cada vez mais forte, pois está baseada como sempre, nos respeito mútuo e na ética profissional.
VII - O Ypiranga Futebol Clube em nenhum momento atribui ou atribuiu os resultados negativos às transmissões e/ou opiniões veiculadas através da Rádio Cultura, discordando mais uma vez do que fora veiculado na coluna do Senhor Rodrigo Finardi. Pelo contrário, o Ypiranga sempre assumiu seus equívocos, efetuou mudanças que entendia como necessárias e segue determinado a recuperar-se no Campeonato Gaúcho 2012. Respeitamos opiniões, afirmações, críticas, mas entendemos também que não somos obrigados a compactuar com ataques pessoais, ofensas e atentados à honra e moral dos envolvidos com o Projeto Ypiranga Futebol Clube.
VIII - Por fim, entendemos que existe uma diferença gritante entre liberdade de imprensa e ofensas à pessoas e instituições. Isso felizmente não é jornalismo. Mas isso também não cabe a um clube de futebol julgar, mas sim cabe ao Poder Judiciário.
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