O treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari,
disse hoje (11), em entrevista coletiva, que fará duas alterações em relação ao
time que iniciou o jogo contra a Alemanha, na fase semifinal da Copa do Mundo.
O objetivo, segundo o treinador, é dar oportunidade a atletas que jogaram
pouco, mas ele também indicou que a estrutura tática da equipe deve mudar para
enfrentar a Holanda, amanhã (12), em Brasília.
“Vou mexer em uma ou duas posições daquele time que
iniciou contra a Alemanha, até porque tem jogadores que jogaram pouco ou nem
jogaram. Uma substituição vou fazer porque entendo que um jogador em
determinada posição será bom”, disse o técnico. A volta do zagueiro e capitão
Thiago Silva ao time, suspenso na última partida, é certa, mas o treinador não
explicou se essa é uma das duas alterações previstas ou se haverá outras trocas
na equipe que inicia o jogo.
Felipão também procurou mostrar que o time está motivado
para a partida de amanhã e que a seleção brasileira deve valorizar o terceiro
lugar no Mundial. Ele citou o exemplo da própria seleção alemã, que enfrentou
na disputa de terceiro lugar na Copa de 2006, quando treinava Portugal. “Perdi
para Alemanha de 3 a 1 a disputa de terceiro lugar e vi o tanto que eles
valorizaram aquele jogo”.
O zagueiro Thiago Silva, presente na coletiva, reforçou
que o grupo quer honrar a camisa nessa última partida na Copa. “A motivação é a
maior possível. Não é o primeiro lugar que estará na disputa, mas sim a honra a
dignidade. Temos que honrar a camisa da seleção acima de tudo”. O capitão do
time não escondeu a frustração por ficar fora da final, mas ressaltou que os
jogadores aprenderam com a eliminação.
“É frustrante sim, porque passei muitas noites sem dormir
pensando nessa Copa, nessa final e não vai acontecer. Mas temos que crescer com
os erros e esse erro do jogo passado nos faz mais fortes”, disse Thiago, que
voltou a citar o chamado “apagão” do time, que resultou em quatro gols alemães
em seis minutos.
Felipão também disse que fez questão de valorizar o
trabalho do time e da comissão técnica. Para ele, “uma fatalidade” não pode
apagar todo o trabalho e considerou que chegar entre os quatro primeiros “não é
o fim do mundo”. Ele também disse não ter se arrependido de fazer o torcedor
acreditar que o título viria.
“Tenho que passar também uma mensagem de otimismo ao
nosso povo, ao nosso torcedor. Em 2002, eu dizia que se chegássemos entre os
quatro primeiros estaríamos satisfeitos. Mas se eu fizesse isso [na Copa] no
Brasil, eu estaria fora do ar. Não me arrependo de ter passado a ideia de que
poderíamos ter sido campeões. Só não estamos na final porque não jogamos uma
partida bem”.
Felipão não deu pistas se continua ou não no cargo após a
Copa do Mundo. Ele disse que a primeira etapa do seu trabalho termina após o
Mundial e a decisão da permanência ou não vai passar pelo presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e por Marco Polo
Del Nero, presidente já eleito para o período de 2015 a 2019.
Agência Brasil
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