O italiano Nicola Rizzoli será o árbitro da final da Copa
do Mundo, entre Alemanha e Argentina, no domingo (13), no Estádio do Maracanã.
A escolha foi anunciada em entrevista coletiva no Centro de Mídia do Maracanã,
na zona norte do Rio de Janeiro, pelo chefe de Arbitragem da Federação
Internacional de Futebol (Fifa), Massimo Bussaca.
Segundo a Fifa, Nicola Rizzoli será o terceiro árbitro
italiano na história das copas do Mundo a atuar em uma final. Antes dele,
Sergio Gonella apitou em 1978 e Pierluigi Collina em 2002. Rizzoli será
auxiliado pelos também italianos Renato Faverani e Andrea Stefani. O quarto
árbitro da partida será Carlos Vera, do Equador, e o quinto, Cristian Lescano,
também do Equador.
Neste Mundial, Rizzoli apitou os jogos entre Espanha e
Holanda e Nigéria e Argentina, pela fase de grupos, e a partida entre Argentina
e Bélgica pelas quartas de final. Bussaca, da Fifa, descartou que a Argentina
possa ser beneficiada pelo fato de Rizzoli ter sido árbitro em duas partidas
daquela seleção e ainda por haver uma presença forte de italianos no país
sul-americano. “No caso do árbitro, só pensamos na qualidade. Se você tiver
qualidade você apitará os melhores jogos”, disse.
Em um vídeo exibido durante a entrevista, Rizzoli disse
achar o emocionante estar à frente da partida. “É impossível descrever o que é
para um árbitro apitar uma final. E eu vou dedicar tudo, o máximo de mim. São
vinte anos que eu trabalho nisso. Eu comecei com 16 anos e estou aqui. Mal
posso acreditar”, contou.
Para o árbitro, apitar a final é uma forma também de
representar seu país no encerramento do Mundial. “Represento a Itália, também
neste momento é um orgulho para mim ser italiano. Então eu quero ser um dos
melhores e vou ser”.
Bussaca disse que as atuações dos árbitros se adaptaram
aos jogos e que nesta Copa não houve simulações de jogadores. Ele reconheceu
que, em alguns jogos, juízes deixaram de aplicar cartões amarelos. “O que nós
pedidos aos árbitros é que entendam de futebol e entendam que tipo de jogo há
hoje em dia. E que tentem deixar o jogo rolar sempre que possível. Às vezes,
podemos e temos jogos com muitos minutos jogados, mas as vezes não dá. Estamos
muito satisfeitos com o trabalho realizado”, avaliou.
O chefe de Arbitragem da Fifa disse ainda que nesta
competição já há vantagem de 30 gols e mais minutos de bola em jogo, na
comparação com a Copa anterior, em 2010. Segundo ele, o número de lesões diminuiu na mesma
comparação. “No Brasil, país do futebol, o futebol venceu”, disse.
Para o coordenador-geral da Fifa do Maracanã, Anthony
Baffoe, é emocionante trabalhar no estádio que é um símbolo para o futebol
mundial. Embora seja ex-jogador de Gana, ele nasceu e cresceu na Alemanha,
porque os pais eram diplomatas. Ele
disse que também representou toda a África na função que desempenha neste
Mundial. "É uma emoção estar aqui no Maracanã e vai ser uma emoção liderar
jogadores como o Lahm e o Messi para o campo", destacou.
Animado, Baffoe disse que é fã de Pelé. "Eu continuo
sendo um grande fã do Edson Arantes do Nascimento e muitas pessoas dizem 'você
torce pelo Fluminense, pelo Flamengo, pelo Botafogo, pelo Vasco da Gama'. Eu
digo: 'não, eu torço pelo Santos porque o Edson Arantes do Nascimento jogou
lá'. Eu sempre vou lembrar daquela camisa branca do Santos", contou.
Agência Brasil
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