quarta-feira, agosto 20, 2014

Jogador tem que aproveitar convocação para mostrar rendimento, diz Dunga

Foto: Rafael Ribeiro / CBF
          A lista de 22 jogadores que participarão das partidas amistosas contra a Colômbia, dia 5 de setembro, em Miami, e no dia 9, em Nova Jersey, ambas nos Estados Unidos, trouxe novidades em relação à seleção brasileira que disputou a Copa, mas dez deles participaram do Mundial no Brasil. Dentre eles, Neymar, David Luiz, Luiz Gustavo, Hulk e Oscar. A convocação foi feita hoje (19) pelo técnico Dunga, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
         De acordo com o treinador, quem for convocado precisa chegar à seleção com a ideia de que tem uma oportunidade para mostrar as suas qualidades, ainda que jogue apenas um minuto. “Estando na seleção brasileira, ele já tem que vir pronto e dar a sua contribuição para tomarmos a decisão”, revelou.
         Para as escolhas foram analisados detalhes das atuações no início de temporada, na Europa e nos clubes brasileiros, além de retrospectos na Copa do Mundo. Dunga acrescentou que a intenção foi mesclar jogadores com mais e menos experiência, e dar oportunidade para alguns que já passaram pela seleção em outras ocasiões. O treinador disse que “isso é só o início do trabalho, é uma primeira convocação. Nenhum jogador que não está agora nesta lista pode sentir que não vai voltar à seleção, e aqueles que estiverem não podem sentir que estarão confirmados nas próximas [convocações]. Então, todo mundo tem a sua oportunidade”.
        Para Dunga, o atacante Neymar é uma referência do futebol brasileiro e mundial. “Tem qualidade excepcional, e temos que aproveitar isso para ele ser uma referência, não só para os jogadores da seleção brasileira, mas também para os jovens que estão surgindo no futebol brasileiro. Ter aquela coisa do brasileiro, da criatividade, de ser moleque na hora do drible, mas com responsabilidade como ele tem tido”, analisou.
        Na avaliação do treinador, a renovação da seleção é importante, mas não se pode desprezar a experiência de jogadores com idades mais elevadas. “Depende da sua qualidade. Se fosse por isso, pela exclusão, a Alemanha não traria o Klose, não teria trazido o Lahm para a Copa do Mundo. Eles tiveram a oportunidade de mesclar. Tiveram um trabalho de 12 anos à frente da seleção. Isso facilitou bastante o trabalho, mas a questão é do momento, é do rendimento. Se jogadores jovens tiverem rendimento que acharmos ideal, eles permanecem, mas os jogadores que têm uma certa idade, se tiverem um rendimento bom, não tem porque penalizar um ou outro por causa da idade”, ressaltou. 
        Segundo ele, após o resultado negativo da seleção, na Copa do Mundo, é momento de passar para o torcedor que a comissão técnica e os jogadores estão trabalhando, e cada um está se empenhando da melhor maneira possível. Além de transmitir energia positiva, é preciso ter bom resultado nos jogos para empolgar novamente o torcedor. “Pelo potencial que os nossos jogadores têm, temos capacidade de fazer isso”, completou.

Agência Brasil

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