O Avenida enfrentou o Riograndense no jogo de volta das
quartas de final do 2º turno da Série A2 e venceu de virada por 2 a 1, com gols
de Alexandre e Moisés Baiano, contra. David fez o único do time da casa. Na
decisão por pênaltis, Vanderlei defendeu a primeira da série alternada na
batida de Giovani e Vinícius colocou na rede para garantir a vaga ao Periquito.
A vitória foi dedicada às mães. O Avenida vai enfrentar o Brasil de Farroupilha
na semifinal do 2º turno. O primeiro jogo será na quarta-feira, 14, nos
Eucaliptos. A volta será no domingo, 18, nas Castanheiras, em Farroupilha.
O Avenida entrava em campo neste domingo, 11, nos
Eucaliptos em Santa Maria, com a necessidade de reverter uma derrota sofrida em
casa, por 2 a 1, diante do Riograndense. A missão era complicada, mas a equipe
estava unida em torno do objetivo. O presidente Jair Eich esteve com os
jogadores no vestiário antes da entrada no gramado. O grito de guerra antes da
bola rolar demonstrava a vontade dos jogadores. A esperança do torcedor não
havia esmorecido. Tanto que 100 torcedores da Mancha Verde pegou a estrada e
foi ao estádio para apoiar o Periquito. Como Tonho Gil frisou antes da partida,
o Avenida "precisava fazer o primeiro gol para começar a pensar no
segundo". Em Santa Cruz do Sul, a atuação não foi ruim, mas o desperdício
nas finalizações, as falhas de marcação e a desatenção foram cruciais, como no
gol sofrido após um cobrança rápida em uma falta na intermediária.
Com Carlos Alberto suspenso pela expulsão no jogo de ida,
o técnico Tonho Gil optou pela escalação do garoto Eliton Jr. no meio-campo,
com o 4-4-2 mantido. O Riograndense contava com o retorno do goleador Jajá. Sem
Juca e Geison, Darlem e André Tereza foram escalados em suas respectivas
posições. A iniciativa foi do Avenida nos minutos iniciais, mas uma boa chegada
de André Tereza, que preferiu o passe ao invés do chute já na grande área,
serviu como alerta para o sistema defensivo do Avenida. Uma má notícia foi a
lesão de Fininho no calcanhar antes dos 10 minutos, após disputa com o mesmo
André Tereza. Mesmo com dores, o lateral preferiu ficar em campo. O Avenida
precisava ter força no ataque para chegar aos gols necessários, mas precisava se
lembrar de não deixar a defesa desguarnecida. O equilíbrio era uma virtude
exigida para que a equipe santa-cruzense saísse vitoriosa no duelo.
Se vencer por um gol de diferença já era difícil, a
situação ficou ainda mais complicada aos 12 minutos, quando o zagueiro David
abriu o marcador a favor do Riograndense. Eliton Jr. cometeu uma falta
desnecessária, Chiquinho cobrou no meio da área e Vanderlei saiu mal do gol.
David apenas colocou na rede após a sobra. O gol realçou a confiança do time da
casa, que passou a controlar a posse de bola e investir nos cruzamentos. Mas a
tranquilidade durou pouco. A torcida silenciou aos 20 minutos. André Tereza
cometeu falta em Márcio Tinga e Alexandre cobrou com a canhota mágica no
ângulo. Dinei se abaixou na área, atrapalhou o goleiro Romário e a bola ainda
quicou no solo antes de tocar a rede. Aos 28 minutos, Vanderlei defendeu após
uma falta cobrada por Darlem e no rebote, Tiago Duarte empurrou para a rede,
mas o assistente assinalou o impedimento. Depois, aos 32 minutos, Márcio Tinga
errou um passe na intermediária e Darlem arriscou o chute, que passou perto do
gol de Vanderlei.
O velho ditado "tanto bate até que fura" é o
mais adequado para definir o que aconteceu a partir dos 35 minutos. Primeiro
foi um chute de Alexandre, que Rogério afastou para trás e quase marcou contra.
Depois, aos 37, Alexandre bateu e Darlem cortou antes da bola entrar. Romário
salvou logo depois em um chute forte de Dinei. E aos 38 minutos, a sorte foi
aliada e o gol saiu. Miro Bahia cobrou escanteio e a bola desviou em Moisés
Baiano antes de entrar. O goleiro Romário escorregou e ficou batido na jogada.
A postura sossegada do Riograndense ficou para trás. Aos 41, Tiago Duarte
partiu em velocidade, invadiu na área e bateu cruzado. Maurício aparecem bem
para interceptar no meio da área, antes da chegada de Jajá. Depois, foi a vez
de Vanderlei fazer uma grande defesa em cabeceio de Tiago Duarte. O assistente
marcou impedimento na jogada, com atraso. Depois, a reclamação foi de pênalti
em uma disputa de bola entre Sérgio Rafael e Darlem. Na marca dos 45 minutos,
Tiago Duarte entrou na área e rolou para André Tereza, que chegou para
finalizar. A bola passou à esquerda do gol de Vanderlei. Neste momento de
sufoco, ouvir o apito final foi um alívio.
As penalidades já eram realidade. Mas o Periquito queria
mais. A vitória e a classificação no tempo normal. As duas equipes voltaram
acesas dos vestiários. Dinei arriscou um chute nos primeiros segundos que
obrigou Romário a fazer grande defesa. Depois, a resposta foi na mesma moeda.
Cléberson dominou e concluiu. A bola passou muito perto do gol. Bocha entrou na
vaga de Fininho, visivelmente descontado, antes dos 10 minutos. Aos 12 minutos,
Clodoaldo recebeu na área após cruzamento de Maurício e bateu forte. Romário
fez a defesa. A jogada não valeu porque o impedimento havia sido marcado. O
jogo perdeu em criatividade. O desgaste físico fazia as equipes trocarem passes
e concentrarem as ações no meio-campo. O Riograndense voltou a ameaçar aos 26
minutos. Tiago Duarte soltou a bomba e o goleiro Vanderlei defendeu. E segurou
a bola no rebote antes da chegada de Jajá. Para aumentar o gás no ataque,
Giovani entrou na vaga do veterano Tiago Duarte no time da casa.
Aos 30 minutos, Sérgio Rafael chegou muito bem para
cortar no momento certo em cruzamento de Darlem. Maurício sentiu dores
musculares e foi substituído por Vinícius na sequência. Vanderlei foi milagroso
aos 37 minutos. O goleiro defendeu uma finalização de Zezinho, que apareceu
sozinho na área ao aproveitar uma falha da defesa. Depois, foi a vez de Romário
fazer boa defesa em chute de Alexandre aos 39. Em uma falta de Bocha sobre
Giovani aos 42, a torcida do Riograndense se levantou. Chiquinho cobrou direto
e Vanderlei defendeu mais uma. Márcio Tinga salvou aos 44 minutos, após
cruzamento de Chiquinho e tentativa de finalização do atacante Giovani. De olho
nas penalidades, Tonho Gil colocou Gilian na equipe, na vaga de Clodoaldo. O
Avenida resistiu à pressão nos acréscimos e levou a decisão para os pênaltis.
Era um confronto entre dois bons goleiros: Vanderlei e Romário.
DECISÃO POR PÊNALTIS
Chiquinho cobrou o primeiro e marcou. A bola chegou a
tocar no travessão antes de entrar. Miro Bahia bateu com categoria no canto
direito e igualou. Rogério cobrou no ângulo e colocou o Riograndense em
vantagem. Romário defendeu a cobrança de Dinei no canto direito. Zezinho bateu
no canto direito e Vanderlei defendeu para empatar. Márcio Tinga cobrou no
alto, no canto direito, e marcou. Darlem bateu bem na sequência e também
colocou na rede. O atacante Gilian caprichou e colocou no canto direito de
Romário. O goleador Jajá, de 12 gols na competição, bateu e fez. Com direito à
cavadinha. O canhoto mágico Alexandre foi para a última cobrança e também
colocou no ângulo.
A série alternada começou com Giovani. Vanderlei defendeu
em uma batida no canto direito. Vinícius cobrou e anotou o gol que classificou
o Avenida às semifinais da Série A2. Para a festa dos jogadores e torcedores
nos Eucaliptos, em Santa Maria.
FICHA TÉCNICA - SÉRIE A2
RIOGRANDENSE
Romário; Moisés Baiano (Veiga), David, Rogério e Darlem;
Gudi, André Tereza, Chiquinho e Cléberson (Zezinho); Jajá e Tiago Duarte
(Giovani)
Técnico: Luciano Corrêa
AVENIDA
Vanderlei; Fininho (Bocha), Altair, Sérgio Rafael e
Maurício (Vinícius); Eliton Jr., Márcio Tinga, Miro Bahia e Alexandre;
Clodoaldo (Gilian) e Dinei
Técnico: Tonho Gil
Fonte: Portal GAZ/João Cleber Caramez
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